segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Negros conquistam maior aumento percentual de remuneração no mercado de trabalho brasileiro

Média salarial entre trabalhadores que se dizem negros subiu, em 2008, de R$ 916,77 para R$ 969,24, acréscimo de 5,72%. Salário entre pardos subiu 4,83% e entre brancos 1,88%
Brasília, 20/11/2009 - Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais, os trabalhadores declarados negros obtiveram maior aumento nos rendimentos médios, acréscimo de 5,72%, número superior à média de remuneração de todas as raças somadas, que ficou em 2,67%. A remuneração dos negros subiu de R$ 916,77 para R$ 969,24, com maior variação entre os homens, 6,67%. Os trabalhadores que se dizem pardos tiveram aumento de 4,83%. Os brancos registraram menor percentual de aumento real: 1,88%.
Na pesquisa, 1,6 milhão (5,26%) de trabalhadores formais brasileiros se autodefiniram negros. percentual maior que o registrado em 2007: 5,22%. Entre os que se declaram de cor branca há 19,6 milhões (62,32%) e pardos somam 8,5 milhões (27,31%).
"É importante dizer que são as próprias pessoas que declaram a cor da sua pele. Percebemos que entre os mais escolarizados há mais pessoas que se declaram negras, e isso acontece a reboque da concientização e afirmação racial dos negros", comenta o ministro Carlos Lupi.
Há pouca representatividade dos vínculos empregatícios para pessoas que se declaram "amarelas" e "indígenas". Ambas somadas representam apenas 1% do total. Entretanto, o número vínculos celetistas de índios subiu de 81.671 em 2007 para 84.153 em 2008, e o número de amarelos cresceu de 231.287 em 2007 para 241.119 trabalhadores.
Escolaridade - A maioria dos trabalhadores que se dizem brancos, negros ou pardos possui Ensino Médio Completo, faixa onde se encontra a maior representatividade do emprego formal, com média de 39,72%, sendo distribuída da seguinte forma: pardos com ensino médio completo são 41,58%; brancos 39,08% e negros 35,80%. Entre os trabalhadores que concluíram o nível Superior, os brancos são 13,18%, pardos 5,86% e negros 3,61%.
Gênero - Entre os trabalhadores com Terceiro Grau completo, as mulheres apresentaram maior nível de escolaridade que os homens. As mulheres brancas com nível superior são 17,52%, ante 10,41% para os homens brancos, sendo de 5,96% para mulheres negras e de 2,60% para homens negros e de 9,43% para as trabalhadoras declaradas pardas, ante 4,13% para os homens pardos.
Renda média - Apesar do crescimento de apenas 1,88%, os rendimentos médios dos vínculos empregatícios dos trabalhadores brancos são 50% superiores àqueles classificados como negros e 43,7% acima dos considerados como pardos. Em relação a 2007, verifica-se redução da desigualdade entre os rendimentos de brancos e negros (55,7%) e brancos e pardos (47,8%).
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego
Foto: Elza Fiúza/ABr

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