quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Seleção de técnico para NESIC / UCPel

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS, ECONÔMICAS E SOCIAIS

NÚCLEO DE ECONOMIA SOLIDÁRIA E INCUBAÇÃO DE COOPERATIVAS

EDITAL nº 001/2011

CHAMADA DE CURRÍCULO

O “Programa Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares”, vinculado ao Núcleo de Economia Solidária e Incubação de Cooperativas da UCPel (NESIC), está selecionando assessor(a) técnico(a), em regime de contrato temporário de trabalho, para atuar junto ao Convênio celebrado entre a Universidade Católica de Pelotas e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), através do Convênio FINEP: 01.08.0559.00 (18/12/2008), na incubação de empreendimentos de economia solidária. A área geral de atuação será em tecnologias sociais de trabalho e geração de renda, conforme disposições contidas neste Edital:

1 – DAS INSCRIÇÕES:

l.l - Os candidatos deverão preencher ficha de inscrição e entregar currículo acadêmico-profissional (preferentemente em Plataforma Lattes) no NESIC – localizado no Campus I da UCPEL, Bloco B, Sala 201 (NESIC) – Rua: Félix da Cunha, 412 – Centro, Pelotas –RS, no horário compreendido entre 14 e 18h.

l.2 – Período das inscrições: de 23/02/2011 até 28/02/2011.

2 – DAS VAGAS

2.1. A vaga disponível na seleção obedece à previsão de exercício de função, com requisitos de formação abaixo discriminados:

Função

Atribuições

Carga horária

Remunera-ção

Formação e experiência exigidas

Vínculo

Assessoria de processos participativos

- Elaboração de relatórios de atividades.

- Assessoria aos grupos (processos participativos)

20 h/sem

R$ 1.100,00

(bruto, mensal)

- Graduação em Serviço Social.

Contrato temporário (2 anos)

3 – DA SELEÇÃO:

3.1 – Forma de seleção: Chamada e análise de currículo e entrevista aos candidatos.

3.2 – Data da entrevista: agendamento no ato da inscrição

3.3 – Comissão de seleção: Dois professores e uma técnica do NESIC

4 – DA DIVULGAÇÃO DO RESULTADO FINAL

4.1. – O resultado será divulgado no dia 04 de março, através do sítio web da UCPEL.

4.2. – Não haverá recurso sobre o resultado final.

Pelotas, 22 de fevereiro de 2011.

Prof.ª Dr.ª Myriam Siqueira da Cunha

Pró-Reitora Acadêmica

Prof. Renato da Silva Della Vechia

Coordenador NESIC

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

88 % agrotóxicos comercializados no Brasil são classificados como perigosos

Estudo do Ibama indica que 88% dos agrotóxicos comercializados no Brasil estão entre as classificações "altamente perigoso”, "muito perigoso” e "perigoso”. O país é o líder mundial no consumo de agrotóxicos desde 2008.

Mato Grosso, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás são, pela ordem, os maiores consumidores de agrotóxicos no Brasil. Estes estados figuram entre os grandes produtores de soja e de milho.

Trata-se das duas principais culturas que têm liberação para uso de sementes transgênicas. Entre as sementes geneticamente modificadas, as mais vendidas são as da empresa Monsanto, que tem o agrotóxico Roundup como seu principal produto. O princípio ativo do Roundup é o glifosato, que representa 76% do mercado.

O estudo do Ibama alerta para a necessidade de reforçar as campanhas de esclarecimento dos trabalhadores rurais brasileiros a respeito do uso de agrotóxicos

O baixo índice de escolaridade dos agricultores é visto como preocupante pelo Ibama: 77% dos responsáveis por propriedades rurais possuem, no máximo, ensino fundamental incompleto. Um desafio extra para as campanhas de esclarecimento.

A preocupação é reforçada pelo Censo Agropecuário, divulgado em 2009 pelo IBGE. A grande maioria dos produtores afirma não ter recebido qualquer orientação técnica sobre o uso dos agrotóxicos. Boa parte afirmou não ter utilizado equipamentos de proteção.

Fonte: Adital

Com consultoria de experiência cearense, Cidade de Deus terá banco comunitário

Uma comunidade com moeda própria, gerida por um banco comunitário. Essa é a ideia que o Banco Palmas, do Conjunto Palmeiras, em Fortaleza, Ceará, inspirou ao bairro Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. O cerne da questão é fazer com que um outro tipo de economia circule dentro da comunidade, favorecendo a produção local e gerando desenvolvimento para todos.

O bairro Cidade de Deus, oriundo de um conjunto habitacional situado na Zona Oeste, tem uma população de cerca de 38 mil habitantes e apresenta indicadores sociais entre os mais baixos do Rio de Janeiro, embora situado vizinho a bairros nobres da cidade, comoFreguesia eBarra da Tijuca.

Situação parecida era a do Conjunto Palmeiras. Em 1998, a Associação de Moradores do Conjunto Palmeira (Asmoconp), com o apoio de ONGs, montou a instituição de crédito considerada referência para o país no que diz respeito à criação de moedas sociais.

O Banco Palmas foi convidado pelo secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Henrique da Costa, a prestar consultoria para a criação do banco da Cidade de Deus. Marcelo já desenvolvia o projeto Rio Solidário e queria disponibilizar o microcrédito como alternativa. O Cidade de Deus obedecia a alguns critérios apontados pelo Banco Palmas para a implantação de um banco comunitário: comunidade organizada, pobre e com experiência em processos sociais e ligados ao desenvolvimento.

O gerente e fundador do Banco Palmas, Joaquim Melo, esclarece que, nesse modelo de banco, cada comunidade cria sua própria instituição. "O nome do banco, da moeda, tudo vai ser resolvido em um seminário. Primeiro teremos o Seminário de Sensibilização, quando será esclarecido à comunidade o projeto. Em seguida, virá o Seminário de Planejamento, quando será escolhido o nome do banco e da moeda, que deve ser bastante representativo da história e das lutas da comunidade", conta. A instituição será gerida por uma associação de moradores.

Durante três meses, a partir de março, haverá a capacitação dos gerentes de crédito, caixas e produtores locais. A expectativa é de que o banco comece a funcionar em junho deste ano. Serão oferecidos quatro produtos: microcrédito para o consumo (R$ 40 mil reais) e para a produção (R$ 60 mil reais, captados junto ao BNDES), com incentivo ao comércio, serviços e pequenas indústrias; correspondente bancário da Caixa Econômica Federal e microsseguro, um seguro de vida com preço abaixo do mercado, apenas 35 reais por ano.

No primeiro ano de funcionamento, estima-se que 200 famílias devem ser atendidas pelo microcrédito; 1.500 famílias devem utilizar o serviço de correspondente bancário e devem ser vendidos 500 seguros de vida. Joaquim Melo conta que, com o tempo, a comunidade demanda novos produtos a ser criados.

O município de Silva Jardim, no interior do Rio de Janeiro, criou o Banco Comunitário Capivari em novembro do ano passado e também teve a consultoria do Banco Palmas. Já na capital do estado, a experiência do Cidade de Deus será pioneira. Tida como um projeto piloto, se der certo, a ideia poderá se "espalhar" para outras comunidades.

Fonte: Adital - Camila Queiroz *

Seminário levanta debate sobre importância de bancos comunitários na Região Amazônica

O Instituto Capital Social da Amazônia, entidade ligada à Rede Brasileira de Bancos Comunitários e gestora do Projeto de Fomento às Finanças Solidárias com base nos Bancos Comunitários da Região Norte, realizará amanhã (17) e 18 de fevereiro o Seminário Amazônico de Bancos Comunitários.

Com o tema "Bancos Comunitários: instrumentos de desenvolvimento local", o evento é parte das atividades do Projeto de Fomento às Finanças Solidárias e tem por objetivo a integração das práticas de finanças solidárias e micro-finanças na Amazônia, em conjunto com entidades que atuam no campo de bancos comunitários, visando também estabelecer parcerias com o poder público e privado. Além disso, o seminário deverá se constituir num espaço para discutir as tendências, dificuldades e perspectivas dos bancos comunitários no Brasil, enquanto instrumentos que contribuem para o desenvolvimento local, na perspectiva da Economia Solidária.

No decorrer do evento, serão socializadas as experiências de bancos comunitários como o Bem, do Espírito Santo; o Tupinambá, do Pará; e o Quilombola, do Maranhão. Também serão apresentados projetos de Economia Solidária da região conveniados com a Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes).

A assessora pedagógica do Projeto de Fomento às Finanças Solidárias com base nos Bancos Comunitários da Região Norte, Keila Oliveira, destaca que o objetivo do Projeto é capacitar comunidades para a implantação de mais 15 bancos comunitários ainda este ano - quatro no Acre, um no Amapá, três no Amazonas, seis no Pará, e um em Rondônia. Na região amazônica, há apenas um banco comunitário, o Tupinambá, enquanto há 52 em todo o Brasil.

Keila Oliveira conta que as comunidades estão em processo de captação de capital, estabelecendo parcerias com o estado ou com a iniciativa privada. "No Amazonas, já conseguimos uma parceria com a prefeitura e o estado, pois já existia um banco lá, mas não tinha moeda social, nem sede e não era ligado à Rede Brasileira de Bancos Comunitários. Já nos outros estados, as negociações estão em andamento e pretendemos implantar todos os bancos até junho", declara.

O Seminário Bancos Comunitários da Região Amazônica acontecerá no Auditório do Instituto de Estudos Superiores da Amazônia (Iesam), localizado à Av. Governador José Malcher, 1148, bairro Nazaré, em Belém. A coordenação do evento solicita a confirmação da presença pelo e-mail capital_social@hotmail.com ou pelo fone/fax (91) 3224-2018 ou (91) 8814-1833.

A programação do evento está disponível em http://miud.in/n5p.

Fonte: Adital - Camila Queiroz *

Nota Pública da CPT: Seis anos depois do assassinato de Irmã Dorothy Stang conflitos continuam

A Coordenação Nacional da CPT, por motivo do sexto aniversário da morte de Irmã Dorothy Stang, no dia 12 de fevereiro, ao mesmo tempo em que presta uma justa homenagem a esta pessoa que acompanhou com total dedicação os homens e mulheres da região de Anapu (PA), que buscavam terra para trabalhar dentro de uma proposta que garantisse uma convivência harmoniosa com a floresta, quer denunciar que a situação que levou ao assassinato de Dorothy continua a provocar tensões e conflitos na área.

No mês de janeiro, conforme foi noticiado pela imprensa nacional, os assentados do PDS Esperança, onde Dorothy foi morta, bloquearam as estradas que davam acesso à área, para impedir a continuidade da retirada ilegal de madeira. Com esta ação os assentados pretenderam chamar a atenção das autoridades para a completa falta de fiscalização e controle dos órgãos públicos na região.

Na realidade os interesses do capital e dos grupos que assassinaram Irmã Dorothy continuam presentes. Destacam-se, sobretudo, as madeireiras que envolvem e cooptam organizações de trabalhadores, como sindicatos, para defender a exploração da madeira. A estratégia para isso foi a infiltração, no PDS, de famílias que não participaram da luta para a construção do mesmo e, portanto, alheias ao espírito e aos princípios que nortearam sua criação. Estas abriram brechas no PDS para a derrubada e retirada de árvores da floresta. Com isso, as madeireiras, com a participação da direção do sindicato, conseguiram semear o confronto e a discórdia entre os próprios trabalhadores. Isso ficou explícito nos dias de maior tensão em janeiro. Para manifestar sua contrariedade pela ação dos assentados do PDS, o sindicato dos trabalhadores rurais junto com outras entidades bloqueou a Transamazônica, acusando os agentes da CPT de serem os responsáveis pela ação dos assentados e até exigindo seu afastamento da região. A realização de uma Audiência Pública, em 25 de janeiro, da qual participaram representantes de diversos órgãos públicos estaduais e federais e que reuniu mais de 1.000 pessoas, tentou amenizar as tensões com a promessa de serem atendidas as reivindicações dos assentados.

O que acontece em Anapu, se repete em muitas outras áreas da Amazônia, como a mesma Coordenação Nacional da CPT denunciou em 2010, com um crescente aumento da violência. Em 2010, o setor de Documentação da CPT registrou, no Pará, 18 assassinatos de trabalhadores do campo, 100% a mais do que em 2009, quando foram registrados nove.

Os interesses econômicos, com seu olhar focado exclusivamente no lucro, recusa-se a ver outras dimensões e valores da natureza e utiliza diversos estratagemas para minar a resistência popular, inclusive jogando trabalhadores contra trabalhadores. O próprio governo é refém desta visão economicista, à medida em que apóia declaradamente o agro e hidronegócios e a mineração na Amazônia e, a qualquer custo, quer impor seus grandes projetos de infraestrutura para dar sustentação à exploração econômica. É o caso da construção de hidrelétricas, como a de Belo Monte, que mesmo diante de todos os argumentos contrários, vai sendo levada adiante, sem mesmo observar o que ditam as leis.

A Coordenação Nacional faz um apelo veemente às autoridades deste país. O sangue vertido por irmã Dorothy clama para que a vida e os interesses das comunidades ribeirinhas e das florestas esteja acima dos interesses econômicos. Um desenvolvimento harmonioso, respeitando a natureza e suas riquezas e as comunidades indígenas e camponesas, precisa ser colocado como horizonte de um país novo e justo, sem violência.

Goiânia, 11 de fevereiro de 2011.

A Coordenação Nacional da CP

Fonte: Blog ECodebates

FSM do Senegal debate “Economia solidária e comércio justo”

Jasseir Alves Fernandes, da CUT, sublinha relevância do tema para a soberania alimentar - Entre os inúmeros temas debatidos no Fórum Sindical Mundial, realizado em Dakar, capital do Senegal, de 6 a 11 de fevereiro, um ganhou particular relevância: “Economia solidária e comércio justo”. Nada mais natural, quando as transnacionais do alimento, com sua fome insaciável de lucro, avançam sobre o continente africano, comprando parcelas imensas das melhores terras para exportar.

Além de roubar daqueles países qualquer perspectiva de “soberania alimentar”, a desnacionalização do território empurra para as periferias das grandes cidades parcelas expressivas da população rural. Se levarmos em conta que na maior parte da África, 70% da população total sobrevivem da agricultura de subsistência, teremos a dimensão da catástrofe provocada por relações imperialistas que aprofundam, ao extremo, a exploração.

No continente, mas também na América e na Ásia, as transnacionais colhem os frutos da especulação de alimentos transformados em commodities, enquanto semeiam a fome e a miséria que aflige centenas de milhões de seres humanos. Esta ação, obviamente, é respaldada pelos governos dos países capitalistas centrais, os mesmos que erguem imensas barreiras para os imigrantes que ficam desempregados por obra, graça e desgraça da sua política. Como toda prática neocolonial, o receituário é visto como incontestável por muitos dos governos locais desnacionalizados, que passam a praticar o servilismo mais atroz.

De acordo com Jasseir Alves Fernandes, diretor executivo da Central Única dos Trabalhadores, que representou a entidade no debate sobre “Economia Solidária e Comércio Justo”, os movimentos sociais vêm se articulando em redes de cooperação para se contrapor à lógica perversa do agronegócio transnacional. Assim, explicou, “além de buscarem um comércio justo, Sul-Sul, as entidades têm articulado com organizações europeias para garantir uma maior valorização para os seus produtos, o que tem significado um diferencial no preço de 30 a 40%”, possibilitando que os agricultores se mantenham em suas terras e não sejam obrigados a venderem sua produção a preços aviltantes.

“Com práticas de comércio justo temos conseguido um sobrepreço, que é um tipo de prêmio social. Por exemplo, numa saca de café, um percentual vai para a comunidade que está produzindo. Num contêiner, que leva cerca de 300 sacos de café, as empresas dão um plus para ser investido em melhorias sociais das comunidades”, informou Jasseir.

O dirigente cutista lembrou que no Brasil, após muita mobilização e debate com o governo federal, o presidente Lula assinou um decreto no dia 17 de novembro do ano passado reconhecendo esta prática de comércio. “Foi o primeiro marco regulatório no mundo nesta questão e vai ajudar na conformação de políticas públicas mais eficazes para o setor”, frisou Jasseir, apontando que este é um avanço significativo, inclusive para a mensuração do impacto que tem a economia solidária em nosso país. Atualmente, disse, há 22 mil empreendimentos mapeados, mas há uma projeção da existência de mais de 80 mil.

“O Programa Nacional de Aquisição de Alimentos para a Merenda Escolar (PNAE), que garante pelo menos 30% da aquisição da agricultura familiar, é o maior programa do mundo da relação de comércio justo. Esta é uma experiência que todos queriam conhecer, pois a segurança é algo essencial para os agricultores familiares, já que muitas vezes o agricultor tem produto e não tem preço e outras tem preço mas não tem produto para ofertar”, ressaltou.

Jasseir lembrou que aproveitou o Fórum Social Mundial para apresentar a questão do ponto de vista sindical, frisando que a economia solidária é um eixo estratégico da ação cutista. “Mostrei que, para nós da CUT, a economia solidária não está só no discurso, que inclusive fez parte da Plataforma da Classe Trabalhadora para as eleições de 2010, mas que está na prática da Agência de Desenvolvimento Solidária (ADS), tocada pela nossa Central, através do Conexão Solidária. A prática do comércio justo está sendo cada vez mais incorporada pelo sindicalismo cutista através de empreendimentos como a Unisol e a Unicapes, conformando uma rede de 1.500 cooperativas, associações e empresas recuperadas”.

Entre os exemplos de ponta existentes, com os quais se pode estreitar relações, citou Jasseir, há a Cooperativa Chico Mendes, da Itália, que conta com 500 lojas, e a Rede de Lojas da Argentina, que querem comprar café brasileiro, adquirido via sistema CUT, pois avaliam que esta é uma parceria forte e estratégica. “Nossa participação foi importante para demonstrar que o movimento sindical dá atenção ao tema da conformação de redes e que quer dialogar com o conjunto dos movimentos sociais para atuar de forma coordenada, a exemplo do que já acontece na América Latina. Ampliamos o contato com redes da África e da Ásia, fundamentalmente, que são países com população rural bastante empobrecida e muitas vezes desarticulada”, acrescentou.

Conforme Jasseir, “a lógica imperialista determina o que e como fazer, ditando ordens, impondo preços e prioridades, numa lógica de submissão. Nós estamos comprometidos em construir algo diferente”. Por isso, esclareceu o dirigente cutista, “também debatemos com o governo brasileiro, que tem tido importantes iniciativas com o continente africano, para que não reproduza formas de ‘cooperação’ que não dialogam, que não levam em conta o respeito à cultura local e as opiniões dos envolvidos”.

Fonte: fbes

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Inscrições para curso virtual de economia social seguem até o dia 18

No próximo dia 28 tem início o curso virtual "Economia Social: Teoria e Prática”. O conjunto de aulas foi elaborado pelo Centro para o Desenvolvimento Comunitário Sustentável da Universidade Simón Fraser (SFU) e pelo Centro Boliviano de Estudos Multidisciplinares (Cebem) para ampliar o debate sobre economia social e gerar uma melhor compreensão sobre o que a terminação abarca.

O curso segue até o dia 17 de abril. Durante sete semanas os alunos envolvidos irão conversar sobre as várias definições de economia social, saber como surgiu e como se desenvolveu a atividade também chamada de economia solidária. A origem das empresas sociais também será tema das aulas.

Durante o curso, os alunos e alunas poderão dividir suas experiências, iniciativas e projetos na área. Esta atividade dará origem a fóruns sobre os valores e a ética dos exemplos apresentados, assim como sobre os desafios e êxitos das iniciativas. O curso será finalizado com o módulo "Como criar um âmbito que fomenta a Economia Social. Teoria e exemplo internacionais e comentários dos participantes sobre seu contexto”.

Ao final das sete semanas de aula a intenção é que os participantes tenham adquirido um conhecimento sólido sobre Economia Social e a prática das empresas sociais, além de conseguirem compreender os desafios, limitações e êxitos das iniciativas econômicas, sociais e solidárias.

Para se inscrever, é necessário já conviver e trabalhar com temas relacionados ao desenvolvimento. Dessa forma, o público alvo é formado basicamente por líderes comunitários, técnicos ou profissionais membros de ONGs ou organizações sociais, ou ainda promotores de processos de desenvolvimento.

O curso será oferecido em espanhol com alguns materiais de leitura em inglês e a condução das aulas será feita pela professora Gretchen Hernández, coordenadora de um projeto para fomentar o Desenvolvimento Econômico Comunitário na Bolívia.

As vagas são limitadas e as inscrições seguem até o dia 18 deste mês. A ficha de pré-inscrição pode ser acessada e enviada pelo link: http://campus.cebem.org/preinscripcion.php?codigo=PVGS2200111100113311115511025103.

Para mais informações escreva para consulta_cursos@cebem.org.

Fonte: Adital

Tocantins sedia Encontro de Economia Solidária

De 11 a 13 de fevereiro, acontece em Pequizeiro, Tocantins, o II Seminário e Feira de Economia Solidária promovido pelo Fórum Regional Centro Norte de Economia Solidária. O tema do Seminário deste ano é “Estratégias para comercialização solidária – perspectivas e desafios”.

Na programação do evento está previsto cine debates, feira de comercialização, oficinas temáticas e palestras. No primeiro dia, conceito e princípios da Economia Solidária e estratégias de organização e comercialização estão entre os assuntos que serão debatidos. No segundo dia do Seminário, políticas públicas de fortalecimento da economia solidária entram no debate.

Na noite do sábado, dia 12/02, acontece a feira de comercialização, onde os participantes terão tempo e espaço para apresentar seus produtos e viabilizar bons negócios.

Algumas orientações da organização são:

O local de chegada é na Creche Municipal, onde serão disponibilizadas as alimentações durante o evento;

A hospedagem será em ambientes coletivos, os participantes deverão trazer colchonetes, roupas de cama e utensílios de uso pessoal;

O translado dos participantes para o município do evento será custeado pelo município de origem;

É importante que os participantes tragam seus produtos para exposição na feira de comercialização.

Fonte: FBES

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

En Francia se realiza encuentro sobre Monedas Sociales y Complementarias

Entre os dias 15 e 18 de fevereiro, pesquisadores, estudiosos e organizações que trabalham com moedas locais se encontrarão na Universidade de Lyon, na França, para a Conferência Internacional sobre Moedas sociais e complementares 2011 – “Trinta anos de moedas sociais e complementares: e agora?”. No dia 18, entidades que trabalham com essa temática se reunião no Encontro Internacional de Iniciativas de Moedas Sociais e Complementares.

De acordo com a organização da Conferência, estima-se que já existam de 4.000 a 5.000 dispositivos de trocas baseadas em moedas locais. O objetivo do evento é mostrar a legitimidade científica dos trabalhos sobre as moedas sociais e complementares e ressaltar que tais dispositivos de troca, devido a suas características, merecem ser objetos de discussões e pesquisas em diversas disciplinas, como: economia, sociologia, ciências políticas e direito.

Durante quatro dias, os inscritos terão a oportunidade de apresentar artigos, participar de oficinas e de discussões. Ao todo, a Conferência contará com a apresentação de 58 trabalhos e de duas mesas redondas, intituladas: “A investigação sobre moedas sociais e complementares: situação e problemas de infraestrutura intelectual”; e “As moedas sociais e complementares e as políticas públicas: oportunidades e riscos”.

As atividades serão apresentadas em francês com tradução para inglês e espanhol, e serão guiadas por cinco eixos de reflexão: balanço e perspectivas; os desafios atuais; objetivos pertinentes e impactos; articulações externas; e informação, formação e investigação. Para mais informações, acesse: http://conferences.ish-lyon.cnrs.fr/index.php/cc-conf/2011/search/schedConfs

Encontro Internacional

Em articulação com a Conferência, acontece, no dia 18, o Encontro Internacional de Iniciativas de Moedas Sociais – Construindo o Movimento. O evento tem o objetivo de reunir iniciativas de moedas sociais e complementares (MSC) de várias partes do mundo para trocar experiências e discutir sobre os desafios que ainda terão de enfrentar. A ideia é também aproveitar o encontro para criar um movimento internacional de iniciativas de MSC.

Além das instituições francesas Région Rhône-Alpes, Chambre Régionale de l´Economie Sociale et Solidaire (CRESS) Rhône-Alpes, e dos laboratórios Laboratoire d´Economie de la Firme el des Institutions (LEFI) e Tiangle da Universidade de Lyon; estão na organização do Encontro: Instituto Palmas, Associação SOL e Centro de Estudos do Desenvolvimento na América Latina (Cedal).

A inscrição para o Encontro é gratuita e pode ser feita através do site: http://monedasendebate.wordpress.com/registro/. As iniciativas que não puderem ir para o evento podem participar enviando mensagens para moedasemdebate@gmail.com

As matérias sobre Finanças Solidárias são produzidas com o apoio do Banco do Nordeste do Brasil.

Fonte: Adital

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Cooperativas devem ser alternativa de trabalho para 3 milhões em 2011

As cooperativas e associações devem servir como alternativa de trabalho e renda para pelo menos 3 milhões de pessoas neste ano. Mesmo com a queda histórica do desemprego, empreendimentos da chamada economia solidária devem crescer em 2011 e ocupar cada vez mais trabalhadores interessados em participar da gestão de seus próprios negócios.

A previsão é de Fábio José Bechara Sanchez, secretário adjunto da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), ligada ao Ministério do Trabalho. Segundo ele, dados preliminares de um levantamento que está sendo feito pela Senaes apontam um aumento de quase 100% na quantidade de pessoas ocupadas e também no número de iniciativas de economia solidária nos últimos quatro anos.

Na última pesquisa sobre o tema organizada pela Senaes, em 2007, existiam cerca de 22 mil organizações de trabalhadores coadministrando um negócio. Essas organizações ocupavam aproximadamente 1,6 milhão de pessoas, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul, Ceará e da Bahia.

Já em 2011, além dos 3 milhões trabalhadores envolvidos nesses empreendimentos, a quantidade de iniciativas deve chegar a 40 mil. “Parcialmente, já dá pra ver que a economia solidária continua crescendo quantitativamente e qualitativamente”, diz Sanchez.

Marcelo Khedi Gomes Rodrigues, secretário-geral da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol Brasil), confirma o crescimento. Diz também que o aumento ocorre em todo país, distribuído por vários os setores da economia.

Só a Unisol Brasil, que assessora a criação de cooperativas, já tem 700 organizações associadas, nos 27 estados brasileiros e divididas em dez atividades: da agricultura familiar à reciclagem; da construção civil ao artesanato; da confecção à apicultura.

“A economia solidária está crescendo muito, principalmente em estados do Norte e Nordeste”, complementa Rodrigues. “Primeiro, ela apareceu como alternativa ao desemprego, mas já vemos pessoas aderindo a organizações por opção, por acreditar nas perspectivas.”

Paulo Sérgio Rodrigues, de 35 anos, é um dos que preferiu a economia solidária. Ele é um dos fundadores da Cooperativa União Ambiental e Artesanal Mofarrej, que faz coleta seletiva de lixo na região oeste de São Paulo. Há menos de um ano trabalhando em associação com outros catadores, ele afirma que não pensa em voltar para o mercado de trabalho formal.

“Já fui convidado para trabalhar na construção civil e em transportadora”, conta Paulo. “Estou aqui porque eu acho que vai dar certo. Alguns já desistiram, mas eu acredito”, destaca.

A Cooperativa Mofarrej surgiu com 35 catadores e, atualmente, tem 22. Essas pessoas dividem as tarefas de coletar, separar e vender lixo que pode ser reaproveitado. Juntos, conseguem faturar mais porque negociam um volume maior de material, sem intermediários.

Segundo Paulo, os cooperados dividem os lucros obtidos de acordo com as horas trabalhadas, independentemente da função que cada um desempenha na cooperativa. Hoje, eles ganham cerca de R$ 600 por mês – quantia acima do novo valor (de R$ 540) previsto no Orçamento para o salário mínimo – e bem mais do que conseguiriam ganhar sozinhos. “Sem a cooperativa, a gente tirava uns R$ 200 por mês”, diz Paulo. “Aos poucos, as coisas vão melhorando e a gente vai ganhando um pouquinho mais.”

Fonte: RádioCom

Abertas as inscrições para o curso Semi–Presencial de Extensão

Especialização em Economia Solidária e Tecnologia Social na América Latina, Turma 2011!

Estão abertas as inscrições, acesse http://www.extecamp.unicamp.br/dados.asp?sigla=GEO-0530&of=004

É com satisfação que divulgamos a abertura de mais uma turma do curso de Extensão modalidade Especialização em Economia Solidária e Tecnologia Social na América Latina na Universidade Estadual de Campinas - SP.

Para quem nos acompanhou desde 2008 sabe que nosso grande sonho era tornar esse curso gratuito para os alunos. Ficamos nessa tentativa (e até conseguimos um financiamento público para tal que até hoje não chegou), mas infelizmente ainda não foi possível. O curso segue sendo pago (com o menor valor que conseguimos).

Os temas da Economia Solidária, da Autogestão e do Cooperativismo têm sido alvo de crescente interesse por parte de universidades, ONGs, prefeituras, governos estaduais e federais da América Latina que vêm pesquisando, ensinando e reatando seus laços com esse grupo de trabalhadores. Os trabalhadores vêem no cooperativismo e no associativismo uma forma de sobrevivência à crise do desemprego e subemprego na América Latina, bem como um novo projeto de sociedade. Se por um lado há o crescente interesse pela temática da Economia Solidária, por outro, o tema da Tecnologia Social desenvolvida pelos e para os movimentos sociais, ainda está escassamente vinculada a essa temática.

A pré-inscrição deve ser feita até 04/02.

Em anexo, as informações sobre o curso, sobre a inscrição, etc.

Qualquer dúvida escrevam para
deborah@ige.unicamp.br
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ou
mailto:laiscurso@gmail.com

Fonte: fbes