quarta-feira, 25 de novembro de 2009

FMI defende nova moeda global e destaca papel da China


O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, retierou sua visão de que uma nova moeda global poderia envolver o Direito Especial de Saque (SDR) do organismo. O objetivo seria evitar a instabilidade cambial global como tem ocorrido desde o fim do padrão ouro, com uma moeda emitida por um único país.
"Provavelmente teria que ser uma cesta", disse ele sobre o eventual substituto do dólar. "Em um mundo globalizado, não há soluções domésticas." Ele também reiterou que a China precisa de um iuan mais forte como parte das políticas para ajudar a equilibrar sua economia ao estimular a demanda doméstica."Para nós, quanto antes melhor. Quão rapidamente? Vai levar algum tempo. Não é algo que se mude da noite para o dia", afirmou Strauss-Kahn.

A China lidera a saída da crise e o compromisso do governo de prolongar o plano de estímulo fiscal em 2010 é importante para um crescimento de 8,5% em 2009 e 9% em 2010, muito acima da média mundial, afirmou o diretor-gerente do FMI.

Segundo disse nesta segunda-feira em Pequim, "embora o panorama da economia mundial tenha melhorado, muitos desafios ainda terão de ser enfrentados". Um reequilibrio do crescimento, nos Estados Unidos, com uma poupança maior, e na China, com uma maior demanda doméstica, é necessário para garantir o equilíbrio mundial e uma economia mais saudável para todos, declarou Kahn após uma reunião internacional sobre a recuperação da crise.

Para o diretor-gerente do FMI, são necessárias medidas na China que estimulem o consumo e o ajuste estrutural, entre estas um iuane mais forte "pois é parte do pacote para conseguir um crescimento mais sustentável".

Segundo Kahn, o FMI pode ser aquele que faz empréstimos eficazes e confiáveis, mas um seguro financeiro global aumentaria os recursos e os tornaria mais efetivos e a China deveria envolver-se mais com a instituição "mas também com responsabilidades, não só em interesse próprio, mas com a economia global".

Candidatos


Os países desenvolvidos aceitaram atribuir aos países “em desenvolvimento”, 5% de seu poder de voto, do que a China faria — se com 1% a mais da cota total em janeiro de 2011, quando a representação no FMI revelar a realidade da economia global, disse Kahn.
Segundo o relatório anual de 2009, a China estava com 3,66% do poder do voto no FMI e os EUA com 16,77%. Wang Yuanlong, diretor de exterior do Banco da China, afirmou na reunião que encerrou na segunda-feira em Pequim, que um injusto sistema de distribuição no sistema de votação evitou que o FMI supervisionasse adequadamente os mercados financeiros, o que considerou como uma das razões que levaram à crise financeira.

Segundo a agência Xinhua, Kahn pediu ao governo chinês que apresente candidatos a assumir altos postos de responsabilidade na instituição, mas não revelou se já há acordo sobre designações concretas.

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