quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Produtores de leite pedem redução de importações Retração do setor chegou a 25% desde julho


Produtores de leite pedem redução de importações
Retração do setor chegou a 25% desde julho

Gustavo Bonato | Porto Alegre (RS)
O déficit da balança comercial do setor lácteo chega a US$ 53 milhões de dólares este ano. Somente em agosto, o resultado negativo somou quase US$ 15 milhões. É um número muito diferente do ano passado, quando houve superávit na venda de laticínios de mais de US$ 300 milhões.
Um dos motivos da mudança é a entrada de leite da Argentina e do Uruguai. O Ministério do Desenvolvimento Agrário confirmou que vai usar R$ 50 milhões para adquirir leite em pó das cooperativas. Os recursos já estão disponíveis. Os preços do produto foram discutidos, nesta quarta, dia 16, num encontro de produtores no sul do país.
Em meio aos debates do Fórum Estadual do Leite, em Porto Alegre (RS), uma das questões principais foi a reclamação contra a concorrência de produtos vindos de outros países do Mercosul. Há poucos dias, foi liberada a entrada nove mil toneladas de leite em pó argentino.
– Nós precisávamos nos recuperar financeiramente através de um preço bom. Com essas importações vamos ter dificuldades de fazer isso e, com certeza, o mercado consumidor, percebendo que há importações de leite, vai barganhar para pagar menos – afirma o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), Elton Weber.
O governo federal promete comprar até sete mil toneladas de leite em pó das cooperativas. A medida é uma das esperanças do setor para evitar queda nos preços. A retração, segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, chegou a até 25% desde julho. Haverá compra direta do produto e financiamento para a estocagem. Serão usados R$ 50 milhões. A expectativa é beneficiar 100 mil produtores dos cinco Estados com maior produção: Minas Gerais, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
– Já está autorizado a começar. As cooperativas precisam buscar a Conab de cada Estado. Esse ano queremos usar esse mecanismo observando tendências de queda nos preços – informa o consultor do MDA
Fonte: http://www.clicrbs.com.br

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