quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Moedas sociais crescem e fortalecem economias locais em todo o país


Por Tatiana Félix da Adital – Palma, Maracanã, Castanha, Cocal, Guará, Girassol, Pirapirê, Tupi. A lista com variados nomes se estende para mais de quarenta moedas sociais que circulam em bairros ou pequenas cidades brasileiras onde existem bancos comunitários, criados para fortalecer a economia de comunidades carentes.
A cotação da moeda social é idêntica ao real, moeda oficial do Brasil, mas mesmo assim, ela acaba sendo mais valorizada que o real, já que os comerciantes dão descontos nas compras feitas com esse dinheiro alternativo, conforme explica Joaquim de Melo, fundador e coordenador do Banco Palmas, localizado no Conjunto Palmeiras, bairro da periferia de Fortaleza, capital do Ceará, estado localizado na região Nordeste do Brasil.
O uso da moeda é simples: os moradores podem trocar o real pela moeda social no banco comunitário e usá-la no comércio da região. Se precisar comprar em real fora da comunidade onde o banco atua, a pessoa pode desfazer a troca. O objetivo da moeda social é fazer com que o dinheiro circule dentro da comunidade. A prática aumenta as vendas e gera mais empregos nessas regiões. O Banco Palmas é pioneiro nessa área. Primeiro banco comunitário criado no Brasil, a instituição foi fundada em 1998. Dois anos depois nascia a moeda de mesmo nome, ‘Palmas’. A experiência comunitária apresentou resultados tão positivos que em 2005 foi criada a Rede Brasileira de Bancos Comunitários.
Projeto de Lei
Tramita no Congresso Nacional um projeto de lei de autoria da deputada federal Luíza Erundina (PSB/SP), cujo relator é o deputado estadual Eudes Xavier (PT/CE), que tem por objetivo a regulamentação dos bancos comunitários. O relator acredita que a discussão ainda demorará cerca de um ano para chegar ao plenário.
Para Joaquim, é fundamental que o projeto seja aprovado, pois trará benefícios, uma vez que permitirá que os bancos comunitários façam poupança, além de regulamentar a situação das moedas sociais no país. “Os grandes bancos não chegam aos lugares pequenos nem onde estão os mais pobres. Essa função fica por conta dos bancos comunitários”, finaliza.
Fonte: Brasilautogestionario

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