segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Em Manaus, empreendimentos consolidam Rede de Comercialização Solidária

Discutir os avanços e os desafios da economia solidária de Manaus e em torno. Esse é um dos objetivos do I Seminário Territorial de Comercialização Solidária: construindo relações com bases justas e solidárias, que aconteceu nos dias 26 e 27 de julho na capital do Amazonas, estado da região Norte do Brasil.

A ideia do seminário é também ser um momento de troca de experiências entre os empreendimentos justos e solidários. Ronald Seixas, articulador estadual do Programa Nacional de Comercialização Solidária do Instituto Marista de Solidariedade (IMS), destaca que, apesar da desarticulação de algumas cooperativas e da falta de adesão de alguns empreendimentos em organizações, a Economia Solidária (ES) vem avançando na região.

Como exemplo desses programas, o articulador cita o Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme) - do Governo do Estado -, que consiste em substituir produtos importados por gêneros alimentícios regionais. "50% dos alimentos são da economia solidária", afirma.

Além dos debates sobre os avanços da ES, durante os dois dias, os participantes discutem sobre a consolidação de uma Rede de Comercialização Solidária. Seixas explica que a Rede é formada por bases municipais que articulam planos de fortalecimento da ES em cada base e formulam estratégias de melhor utilizar as políticas públicas do município voltadas para o comércio justo e solidário. "A base de Manaus possui 22 empreendimentos, a de Parintins, 13, e mais sete bases estão sendo construídas", revela.

A expectativa é que o plano de desenvolvimento da Rede para os anos de 2011 a 2013 seja aprovado já na plenária de amanhã, durante o encerramento do evento. De acordo com Seixas, a intenção é, depois de aprovado, entregá-lo para autoridades e candidatos às eleições de outubro a fim que eles realizem as estratégias apontadas no documento. "Vamos entregar o plano estratégico de desenvolvimento aos governos municipais e estaduais e também aos candidatos a governador e a deputado estadual e federal", comenta.

Para o articulador, a proposta é que a Rede seja um "Puxirum" de Comercialização Solidária, ou seja, um mutirão, uma Rede de trabalho coletivo de ajuda mútua. "Queremos resgatar a economia de solidariedade na perspectiva de consolidar e apontar uma melhor qualidade de vida para o povo da região", ressalta.

Fonte: Adital

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