terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Projeto vai desenvolver escola de economia solidária em Caucaia (CE)

Depois de três meses de troca de experiências e pesquisas, o curso Fazendo Escola de Economia Solidária e Cultura Ambientalista encerra suas atividades no próximo dia 7. O curso integra o projeto de extensão Crédito ao Saber, parceria entre a Universidade Federal do Ceará (UFC), Banco do Nordeste (BNB) e Prefeitura de Caucaia.

Um grupo de 75 pessoas participou das atividades que aconteceram na Escola Maria Inocência de Araújo, na comunidade Coité-Pedreiras, em Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, capital cearense. A experiência buscou refletir sobre desenvolvimento local, através da ótica da economia solidária e cultura ambientalista.

Com um grupo bastante diversificado, entre os participantes se encontravam agricultores, donas de casa, estudantes, professores e técnicos do BNB, entre outros. De acordo com a coordenadora do curso, Professora Neyara Araújo, cada participante buscou trazer a reflexão para sua realidade, envolvendo as temáticas da economia solidária, ambientalismo e esfera pública.

Uma equipe multidisciplinar envolvendo alunos de graduação e pós-graduação das áreas de Pedagogia, Ciências Agrárias e Humanidades orientaram o grupo sob coordenação de Neyara. A metodologia utilizada foi inspirada na educação cooperativa, onde há troca de conhecimentos.

Segundo a professora, através da questão da segurança alimentar foi pensada a utilização de produtos da agricultura familiar para a merenda escolar da região. A agricultura familiar foi um dos temas de maior discussão durante o curso.

Segundo ela, a proposta é de que a partir deste curso possam nascer grupos produtivos. "A gente entende que as pesquisas também são um produto", diz. Além das pesquisas, deve sair também a produção de mel e de artesanato. Além disso, a Escola de Economia Solidária está sendo firmada na mesma comunidade, que é área de preservação ambiental.

Um dos grupos que já devem iniciar atividades é o de artesanato. A ideia, segundo a coordenadora, é incluir mulheres carentes ou excluídas nos trabalhos. A proposta é que as artesãs bordem com motivos do semiárido. "O intuito é pensar e trazer a vivência do semiárido".

Ela finaliza dizendo que o BNB tem se mostrado aberto para apoiar a continuidade das pesquisas e experiências. Sobre os grupos de produção ela declara: "é educação ambiental ao mesmo tempo em que gera trabalho e renda".

Fonte:www.adital.com.br

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