segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Economia Solidária começa a compor agenda da esquerda no século XXI. Entrevista com Esther Vivas


A Outra Economia: Economia Solidária, comércio justo, consumo solidário, começa a compor a nova agenda programática da esquerda no século XXI, não só na América Latina mas também na Europa. No Brasil o movimento da Economia Solidaria que conta hoje com mais de 3 mil militantes (dados do FBES), ainda não obteve por parte da maioria dos partidos de esquerda a importância que deveria ter, principalmente pelo que representa enquanto prática com potencial transformador. Com exceção do PT, a pauta da “outra economia” no Brasil, permanece a margem dos programas partidários da esquerda que se identifica como anti-capitalista. Por isso, a experiência do novo partido da Esquerda Anticapitalista, o IA (Izquierda Anticapitalista) constitui-se como um importante exemplo de incorporação da agenda a “outra economia”, no programa e na prática dos militantes da esquerda. No caso espanhol, no movimento do comércio justo e solidário.
Esse movimento que é, assim como a ES no Brasil, um movimento muito recente, que enfrenta dois desafios, de um lado o próprio mercado capitalista monopolista e de outro a lógica de “comércio justo” das grandes corporações e ONGS, que utilizam o comércio justo como estratégia de marketing. É nesse cenário que está o movimento de comércio justo organizado pela esquerda anti-capitalista da Espanha, que constrói um movimento social articulado com sindicatos, cooperativas, grupos solidários e movimentos internacionais numa perspectiva estratégica que vincula o comércio justo ao tema da soberania alimentar, pautando o tema do desenvolvimento local, redes e cadeias de distribuição a partir da auto-organização dos consumidores e produtores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário