sexta-feira, 24 de julho de 2009

Secretário Nacional de Economia Solidária afirma que este modo de produção é alternativa para vencer

A economia solidária, maneira de trabalho na qual patrão e empregado não existem, representa uma alternativa promissora para a pobreza.
Milhares de empreendimentos que trabalham nessa linha ganham cada vez mais espaço no campo e nas cidades brasileiras.

“É um modo de produção totalmente diferente do capitalista. Não é o monopólio da minoria, é a propriedade coletiva. Todos são sócios necessários e trabalham nos empreendimentos”, afirmou o secretário nacional de Economia Solidária, Paul Singer.
Ele participou do seminário Economia Solidária e Desenvolvimento Local, realizado no Auditório Dois Candangos no dia 25 de junho.

Parceria entre a Secretaria Nacional de Economia Solidária, a UnB e a Fundação Universitária de Brasília (Fubra), o encontro reuniu gestores públicos, estudantes e representantes de cooperativas de todo o Brasil./ Durante todo o dia, mulheres e homens organizaram, no hall do auditório, mostra de produtos desenvolvidos nas comunidades.
Singer disse que a pobreza criada pela lógica concentradora capitalista é desnecessária. “Mas não ao modo capitalista. A economia solidária permite que as pessoas se unam, mas sem perseguir o lucro máximo. É capaz de transformar comunidades pobres em prósperas e promover o desenvolvimento”, afirmou.

Francinete da Cruz levou ao seminário uma experiência inusitada desenvolvida em Alcântara, no Maranhão. O Banco Quilombola opera com uma moeda social chamada Guará, que tem o mesmo valor do real. “O banco tem a finalidade de estimular o consumo de bens e serviços produzidos pela comunidade”, explicou. O Guará circula apenas em Alcântara, município com cerca de 20 mil habitantes.

“Na minha vida, muita coisa mudou”, contou Jaciara Jesus Sousa, 39 anos, moradora da Vila Dnoc’s, em Sobradinho. Ela é uma das participantes do projeto “Eu sou comunidade consciente, que produz flores, bordados e chocolate para geração de renda”. A dona-de-casa era uma das pessoas reunidas na feirinha que se formou no hall do auditório. “Eu estava desempregada. Geralmente as comunidades carentes são muito descriminadas e o trabalho serve para mostrar que somos capazes de produzir coisas boas”, afirmou.

Fonte: Brasil Autogestionário

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