
segunda-feira, 28 de março de 2011
Simpósio de Economia Solidária reunirá experiências brasileiras e internacionais

Lei de Economia Solidária pode ser aprovada em abril no Equador

Fonte: Adital - Tatiana Félix
Resistência local inspira luta contra desenvolvimento insustentável
Edital de contratação de profissional para o “Projeto Nacional de Comercialização Solidária"
Lançamento do livro "Trabalho, educação e reprodução social"
quarta-feira, 23 de março de 2011
Núcleo de Tecnologias Sociais e Economia Solidária tem reunião na sexta-feira(25)
Na pauta, discussão sobre os projetos a serem apresentados ao Programa de Extensão Universitária do MEC (Proext), edital 2011 e a apresentação da dissertação de mestrado de Solaine Gotardo (NESIC/UCPel), intitulada “As práticas pedagógicas no trabalho de coleta e seleção de resíduos sólidos na cidade de Pelotas/RS”.
O Tecsol/UFPel é aberto a todos os membros da comunidade acadêmica (professores, técnico-administrativos e estudantes) que queiram participar e que se interessem pelos temas relacionadas às tecnologias sociais e à economia solidária.
Para maiores informações, basta entrar em contato com ecosol.ufpel@gmail.com ou comparecer diretamente no local e horário da reunião.
Fonte: UFPel
III CONGRESSO DA REDE DE ITCPs SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA EM ECONOMIA SOLIDÁRIA
III CONGRESSO DA REDE DE ITCPs
SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA EM ECONOMIA SOLIDÁRIA
Universidade e Economia Solidária: Produção de conhecimento, cenário de desenvolvimento e o lugar das Tecnologias Sociais
Porto Alegre, 30 de março a 02 de abril de 2011
Os eventos constituirão um único foro de apresentação de trabalhos e debates. A promoção do I Simpósio tem por objetivo ampliar o intercâmbio técnico-científico da Rede de ITCPs, propiciando a participação de instituições acadêmicas de fora do Brasil e que trabalham com os mesmos objetivos e princípios que as incubadoras da Rede, ainda que não usem essa denominação (“incubadora”).
O I Congresso da Rede ocorreu em Itamaracá (estado de Pernambuco) em 2006, organizado pela incubadora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). O II Congresso ocorreu em 2008, em São Paulo, sob o auspício da ITCP da Universidade de São Paulo (USP).
O III Congresso e o I Simpósio, agora, ocorrerão em Porto Alegre, entre os dias 30 de março e 2 de abril de 2011, sob a responsabilidade do Núcleo de Economia Alternativa (NEA) da UFRGS, onde está a sua incubadora tecnológica de cooperativas populares.
A tradição hospitaleira, por um lado, e ao mesmo tempo cosmopolita e progressista de Porto Alegre, provada na realização das várias edições do Fórum Social Mundial, abre-se agora para a Rede de ITCPs e para todos os parceiros e companheiros de jornada que nos quatro cantos do mundo fazem da universidade uma ferramenta de construção da economia solidária e de um outro mundo possível.
Somos todos convidados e bem vindos. Um chimarrão nos espera...
Até Porto Alegre, TCHÊ!
Fonte: http://www.redeitcps.com.br/congresso/
Bingo Beneficente da Economia Solidária em Pelotas
Bingo
Beneficente da Economia Solidária
Venha participar do Bingo Beneficente da Economia Solidária com o objetivo de auxiliar para feiras os grupos do Fórum Micro Regional da Economia Popular Solidária de Pelotas.
Premiação:
1ª Rodada - Saia de Crochê
2ª Rodada - Ferro Elétrico
3ª Rodada - Cafeteira
4ª Rodada - Torradeira
5ª Rodada - Um Rancho
Valor: R$ 3,00 por cartela
Data: 26 / 03 / 2011
Horário: 16h
Local: Rua Jornalista Carlos Andrades, nº 260. - Associação FRAGET – Bairro Guabiroba.
Locais para compra das cartelas:
COOPRESSUL: Rua General Osório, 1002.
RÁDIOCOM: Rua Felix da Cunha, 616. Galeria Antunes Maciel, 203.
ASSOCIAÇÃO DO FRAGET: Rua Jornalista Carlos Andrades, 260.
Fórum Micro Regional
da Economia Popular Solidária de Pelotas
quinta-feira, 17 de março de 2011
Piauí aprova Lei de Economia Solidária

Como meta do Governo Federal em também desenvolver uma Política de Economia Solidária em todo o país, diversos temas foram abordados durante o encontro, onde o mais discutido foi sobre a situação das mulheres no mercado informal de trabalho, destacando que na zona urbana, cada vez mais elas estão mais fortes, organizadas e capacitadas para realização de um trabalho profissional. Enquanto que as mulheres da zona rural possuem muitas dificuldades em relação à organização e acesso às políticas públicas, muitas vezes devido à desinformação. Como experiência de sucesso, foi citado como exemplo o Grupo de Mulheres Bordadeiras do Parque Piauí, que realizam um trabalho informal solidário e conseguem produzir e vender seus produtos de forma organizada.
Para a coordenadora do Setorial de Economia Solidária do Estado do Piauí, Rosângela Sousa, este é um momento oportuno para o avanço das propostas, pois os eixos da política nacional da redução da pobreza e da miséria e a expansão de micros empresas em todo o país faz da Política de Economia Solidária, um passo importante para o êxito dessas metas tanto na esfera estadual como federal.
Fonte: Portal vermelhoProjeto mapeará experiências com Fundos Solidários do Nordeste brasileiro

Ângelo Zanré, coordenador do Programa de Economia Popular Solidária da Cáritas Brasileira Regional NE II, explica que o Projeto consiste no mapeamento dos Fundos Solidários da região e na elaboração de um banco de dados informatizado sobre as experiências. O banco de dados, segundo ele, apresentará dados quantitativos e qualitativos, como identificação da entidade e abrangência da experiência.
Zanré destaca que as informações ajudarão na captação de recursos e no incentivo de promoção de políticas públicas que apóiem e fortaleçam os Fundos Solidários. Além disso, revelará a situação dos Fundos. "[Os dados] vão ajudar a perceber o que está funcionando e o que precisa melhorar", acrescenta.
Além do mapeamento e do banco de dados, o projeto, segundo Zanré, ainda formará "mil gestores de Fundos Solidários para desenvolver trabalhos nas bases". Como a ideia é articular as experiências entre elas, também está entre as metas do projeto a realização de encontros estaduais. "O Nordeste têm várias experiências de Fundos Solidários. Falta ver sua consistência e dar o mínimo de articulação", destaca.
O coordenador do Programa de Economia Popular Solidária da Cáritas comenta que o projeto terá a duração de 18 meses e começará após a finalização da contratação dos agentes estaduais que atuarão como mobilizadores e organizadores dos Fundos Solidários. Os agentes visitarão as experiências para entrevistar e aplicar um questionário sobre o empreendimento com gestores e integrantes das experiências de Fundos Solidários.
Com informações de Cáritas Brasileira Regional NE II
Economia Solidária promove evento "Recicle suas ideias"
Ação tem como objeto estimular a leitura infantil
O Programa Economia Solidária de Rio Claro promove o evento “Recicle suas ideias”, no dia 24 de março. A ação tem como objetivo principal estimular a leitura infantil que será desenvolvida em parceria com a cooperativa Coorperviva na Escola Municipal CAIC, no bairro Jardim das Palmeiras.
A escola atende mais de 700 crianças, as quais podem participar levando um quilo ou mais de materiais recicláveis, a serem trocados por um dos livros arrecadados.
Para isso, as pessoas que tiverem livros infantis disponíveis podem fazer a doação junto ao Programa de Economia Solidária, localizado no prédio da Unesp na Rua 10, nº 2527, esquina com Avenida 30, Santana. Mais informações pelo telefone (19) 3524-2984, de segunda à sexta-feira das 8h às 16h.
Fonte: http://eptv.globo.com
Oficinas Regionais vão criar 100 Pontos de Apoio ao CIRANDAS
Os Centros de Formação em Economia Solidária (CFES Regionais) e o Ibase vão realizar em março e abril, em parceria, cinco Oficinas Regionais, com o objetivo de contribuir com o fortalecimento das redes e cadeias de economia solidária a partir do olhar sobre fluxos e do foco na informação, com base no sistema CIRANDAS.
Cada Oficina Regional sobre o Cirandas tem duração de 2 dias e será oferecida para duas turmas de 20 pessoas cada.
A Oficina sobre o CIRANDAS irá capacitar formadoras/es voltados a apoiar trabalhadoras/es de empreendimentos e participantes dos fóruns de Economia Solidária no uso das funcionalidades do Cirandas, em especial as funcionalidades específicas da Economia Solidária voltadas a empreendimentos solidários, redes e consumidores. Cada formador/a sairá com o compromisso de habilitar 10 empreendimentos no uso do Cirandas e de se tornar um ponto de referência para os fóruns. Estas oficinas lançarão as bases para a construção da estratégia de criação dos “pontos de apoio”, ou seja, pessoas ou organizações que são atestadas como capazes de apoiar empreendimentos solidários cadastrados no cirandas e que se colocam disponíveis publicamente, em uma lista de pontos habilitados que será publicizada no site do FBES e no cirandas como referência para os empreendimentos solidários no país.
A Oficina de formadoras/es do CIRANDAS está com as inscrições abertas. A seleção está sendo feita pelos CentrosPúblicos de Formação Regionais (CFES Regionais), com base em critérios e na ficha de inscrição no link abaixo.
Haverá também Oficinas sobre Fluxos e informação em Economia Solidária, cujos participantes serão formadores indicados pelos CFES.
As datas e locais encontram-se abaixo, assim como os prazos e o contato para o qual deve ser enviada a ficha de inscrição do CIRANDAS:
Encontro Centro-Oeste:
21 e 22 de março, em Goiânia/GO
Prazo para envio da ficha de inscrição da Oficina CIRANDAS: 14 de março
Enviar ficha de inscrição CIRANDAS para Rosangela: rosagoes@terra.com.brEste endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo ou Rutiléia: rutinhaa@gmail.comEste endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo
Encontro Sudeste:
01 e 02 de abril, em Belo Horizonte/MG
Prazo para envio da ficha de inscrição da Oficina CIRANDAS: 14 de março
Enviar ficha de inscrição CIRANDAS para Roseny Almeida: ralmeida@marista.edu.brEste endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo
Encontro Sul:
07 e 08 de abril, em Porto Alegre/RS
Prazo para envio da ficha de inscrição da Oficina CIRANDAS: 18 de março
Enviar ficha de inscrição CIRANDAS para Aline Mendonça: alinemen@unisinos.brEste endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo
Encontro Nordeste:
11 e 12 de abril, em Recife ou Olinda/PE
Prazo para envio da ficha de inscrição da Oficina CIRANDAS: 22 de março
Enviar ficha de inscrição CIRANDAS para Marco Levay: marcolevay@yahoo.com.brEste endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo
Encontro Norte:
14 e 15 de abril, em Belém/PA
Prazo para envio da ficha de inscrição da Oficina CIRANDAS: 24 de março
Enviar ficha de inscrição CIRANDAS para Bárbara Espínola: cfesnorte@gmail.comEste endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo
Se quiser participar, preencha a ficha de inscrição abaixo e envie para os e-mails indicados acima para a sua região!
segunda-feira, 14 de março de 2011
1ª edição de 2011 da Feira Mensal da Economia Solidária do Bem da Terra.

A grande característica da feira é a exposição dos produtos das associações, cooperativas e grupos da economia solidária, produzidos de forma saudável, sustentável e solidária, como os artesanatos, hortifrutigranjeiros, leite, pães e diversas outras novidades que sempre aparecem no local, além de serem comercializados diretamente do produtor para o consumidor. Gerando trabalho e renda para a economia regional.
Associação do Bem da Terra está preparando para as feiras deste ano novidades como atividades artísticas / culturais que ocorrerão em cada edição do evento. Já para essa 1ª edição a apresentação artística / cultural fica por conta do grupo do Quilombo Santa Bernardina de Piratini. O horário da apresentação será a tarde.
Em caso de chuva, a feira ocorrerá no saguão do Campus I da Universidade Católica de Pelotas no mesmo endereço.
CALENDÁRIO PARA AS PRÓXIMAS FEIRAS:
15 de março terça - feira
12 de abril terça - feira
10 de maio terça - feira
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail: bemdaterracjs@gmail.com
quinta-feira, 10 de março de 2011
Agricultura familiar e Economia Solidária
Luiz Ademir Possamai foi eleito, na semana passada, durante a VI Assembleia Geral da Unicafes Paraná, o presidente da Unicafes Paraná, para atuar na gestão 2011-2013. Em seu pronunciamento, o presidente agradeceu o voto de confiança de todos e disse que continuará com as atividades que estão sendo desenvolvidas pela entidade. Ele também firmou compromisso nas articulações com o governo estadual e federal, visando o pleito de recursos para ações voltadas a agricultura familiar.
Possamai participa do movimento do cooperativismo e economia solidária desde o início dos anos 90. Em 1995, foi sócio fundador e presidente da atual Cresol Marmeleiro, a segunda cooperativa a entrar em funcionamento no Sistema Cresol. Após, passou a integrar a direção da Central Cresol Baser.
Entre
Durante todos estes anos, desde a fundação da Unicafes Paraná, Possamai sempre atuou como colaborador da entidade, através de articulações políticas entre os diversos ramos cooperativos e organizações governamentais a nível nacional.
Segundo Possamai, "o Brasil é uma referência a todos os demais países da América Latina - é um dos cooperativismos mais representativos do continente. O movimento cooperativista no Paraná tem a vantagem de estar muito bem integrado e representado - tem Unicafes Paraná que permite uma integração além da fronteira, muito importante e que lhe dá coesão e representatividade".
Confira abaixo a entrevista.
Quais as perspectivas para o triênio 2011-2013?
Além de dar continuidade aos trabalhos já realizados na entidade, uma das principais metas é a integração entre os diversos ramos, a consolidação de novos ramos e a busca de maior sustentabilidade da Unicafes PR, bem como manter as parcerias com entidades nacionais e internacionais.
O que as cooperativas filiadas podem esperar da nova direção?
Um maior apoio a gestão de suas cooperativas, visando o fortalecimento das mesmas, apoio no acesso às políticas públicas e na luta pela permanência da missão e dos princípios seguidos pelas cooperativas da agricultura familiar e economia solidária. Também nos empenharemos para buscar o equilíbrio financeiro das cooperativas filiadas.
Qual a representatividade da Unicafes a nível internacional?
A Unicafes Paraná já é reconhecida internacionalmente, entre os principais países citamos a Belgica, Holanda, Costa Rica, Peru, Equador, Paraguai, Argentina, Uruguai, Venezuela, Caribe, México, Itália, Alemanha e recentemente a Bolívia.
Como você vê a atuação da Unicafes Paraná na representatividade cooperativista?
A Unicafes Paraná vem representando o cooperativismo solidário de forma constante e crescente, procurando constituir e fortalecer cooperativas em todas as regiões do estado do Paraná, totalizando hoje mais de 140 cooperativas distribuídas nos 110 municípios de área de abrangência, procurando dar transparência aos processos desenvolvidos pela entidade e pelos ramos, a fim de que as cooperativas singulares e seus associados tenham a compreensão e o conhecimento de tudo o que acontece em todas as instâncias, até porque as cooperativas singulares e Unicafes Paraná são a extensão dos agricultores.
Fonte: Adital - Lilian Lazaretti
História da Unicafes
A União das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária
No bojo do movimento do cooperativismo solidário surge a União das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária em junho de 2005, decorrente do acúmulo de dois anos de debates realizados pelo movimento cooperativista de agricultura familiar e economia solidária das cinco regiões do país.
Em julho de 2004 foi realizado o I Encontro Nacional de Cooperativas de Agricultura Familiar com a participação de 352 representantes de cooperativas de crédito, produção e comercialização, infra-estrutura, trabalho, entidades parceiras e sindicatos, orientaram a realização do I Congresso das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária para a criação de uma organização de representação do cooperativismo de agricultura familiar e da economia solidária.
Durante os primeiros cinco meses de 2005 foram realizadas jornadas estaduais e regionais elegendo os/as delegados/as para o I CONGRESSO de Cooperativas de Agricultura Familiar. Em junho de 2005, foi realizado o Congresso tendo a participação de 900 pessoas representando diversos setores: movimentos sociais, sindicatos, instituições de apoio e governo brasileiro. A UNICAFES foi constituída tendo 648 representantes (agricultores familiares) de cooperativas de agricultura familiar e economia solidária, dos diversos sistemas e ramos cooperativos.
O I Congresso da UNICAFES, com a presença do Presidente da República, vários ministros e secretários de estado e entidades sindicais parceiras (Contag e Fetraf), marcou a história do cooperativismo no Brasil. A partir deste momento, as cooperativas de agricultura familiar e economia solidária passaram a ser representadas por uma organização nacional e assim, participam ativamente das discussões, das formulações e da implantação de pauta nacional do cooperativismo de agricultura familiar.
A UNICAFES tem como missão : “Tornar o cooperativismo um instrumento popular de desenvolvimento local sustentável e solidário dos agricultores familiares, articulando iniciativas econômicas que ampliem as oportunidades de trabalho, de distribuição de renda, de produção de alimentos e melhoria de qualidade de vida”.
A UNICAFES tem como princípios norteadores de sua atuação: organização com base nas pessoas, participação democrática, solidariedade, ética, controle social, autonomia, pluralidade, novas relações de gênero, geração e etnia, descentralização das estruturas, integração em rede, economia de proximidade, transparência, intercooperação e respeito ao meio ambiente.
A UNICAFES organiza-se através das UNICAFES estaduais,regionais e dos ramos cooperativos e sistemas cooperativos, redes e associações de cooperativas. Desta forma garantem-se as pautas locais, regionais, e especificas dos ramos.
Os seus espaços deliberativos da UNICAFES são a Assembléia Ordinária realizada anualmente, o Conselho Administrativo, o conselho fiscal com reuniões bimensais, e o Congresso a cada três anos. As representações estaduais e regionais desenvolvem pautas integradas com o coletivo nacional. Os ramos cooperativos e as Unicafes estaduais participam das deliberações do conselho administrativo nacional em suas reuniões ampliadas, ocorrendo assim a integração da pauta comum de interesses das cooperativas a nível nacional.
Atualmente, a UNICAFES agrega cerca de 1.000 cooperativas no seu eixo de atuação e 20 mil cooperados, em 24 estados da federação envolvendo os ramos de produção, comercialização, crédito, assistência técnica e infra-estrutura.
A UNICAFES desenvolve sua representação política frente aos gestores públicos e demais seguimentos da sociedade. Dentre os principais desafios na negociação das políticas públicas, tanto na construção como na reformulação, estão principalmente às leis que amparam as sociedades cooperativas (lei geral do cooperativismo) e as que sustentam legalmente as atividades produtivas da agricultura familiar perpassando o crédito, a assistência técnica, a organização da produção, infra estrutura das propriedades, base tecnológica e a comercialização. Considerando as legislações previdenciária, tributária, ambiental e sanitária.
Ao passo que a UNICAFES defende políticas públicas estruturantes para o cooperativismo de agricultura familiar, passa a articular com os demais setores da sociedade parcerias para o desenvolvimento dos empreendimentos cooperativos dos agricultores familiares.
A UNICAFES e o Cooperativismo Solidário
Em agosto de
O cooperativismo solidário não se preocupa apenas em obter benefícios para um número delimitado de pessoas, mas irradiar sua ação para todos os integrantes de um ramo produtivo ou uma comunidade.
O cooperativismo solidário é (re)visto como elemento estratégico para os programas de desenvolvimento regional e combate à pobreza . Por terem fortes vínculos com as necessidades sociais locais, em certa medida, as cooperativas solidárias seguem uma tendência que surgiu em várias partes do mundo ainda durante a década de 1980, quando o movimento cooperativo internacional acrescentou “a preocupação com a comunidade” como seu mais novo princípio universal.
As cooperativas solidárias são também experiências diferentes em função de sua preocupação com o reconhecimento ao respeito da pluralidade organizacional existente no meio social e as das diferentes formas democráticas de gestão interna. Todavia, os instrumentos de governança devem melhorar a cultura organizacional e incrementar a geração de inovações institucionais, de modo a criarem modelos adaptados às realidades específicas de cada região e às características dos grupos sociais aos quais as cooperativas estão vinculadas.
Outro aspecto que caracteriza o cooperativismo solidário é a sua opção pela estruturação em rede e sistemas. Tal escolha pressupõe a construção das grandes diretrizes norteadoras da ação (missão, estratégias, planos e projetos) a partir de formulação de consensos que formam de baixo para cima e contam com ativa participação dos atores (associados, dirigentes, colaboradores e entidades parceiras). As ações são executadas de forma descentralizada havendo espaço para a inovação e para a gestão adaptada às especificidades e características locais.
As redes cooperativas facilitam também o acesso às políticas públicas, incentivam o processo de organização social e econômica nos diferentes níveis. De um lado, as redes cooperativas ampliam a escala produtiva e capacidade de captação de recursos e, de outro, reduzem os custos financeiros e dos serviços (jurídicos, contábil, formação, etc.). Além de aproximar as organizações dos seus beneficiários, as redes estimulam a responsabilidade solidária, elemento chave no exercício do controle social e na gestão participativa.
Os dados relacionados a redes de cooperação solidária são resultantes do sistema de informações da economia solidária organizado pelo ministério do trabalho e emprego. Atualmente, são 136 redes ou centrais de comercialização solidária no Brasil. Estas atuam nos seguimentos econômicos de agropecuária, extrativismo, pesca, prestação de serviços, e alimentos e bebidas. Na comparação realizada os empreendimentos singulares, isolados tem maior dificuldade de comercializar seus produtos em comparação aos empreendimentos articulados em redes ou centrais.
Outra característica presente em diversos sistemas cooperativos solidários são as bases de serviço. As bases ajudam a equilibrar as forças convergentes e as divergentes que se estabelecem entre órgãos de cúpula, como uma cooperativa central, e as singulares. Além disso, as bases reforçam a idéia da interação solidária. A interação exprime a integração das diversas organizações/entidades na construção dos sistemas cooperativos coesos, em que a responsabilidade e o resultado são devidamente compartilhados entre seus membros.
As cooperativas solidárias podem também representar um movimento de renovação do cooperativismo nacional em termos mais gerais. Os ideais cooperativistas são congruentes com as novas visões que se formam a respeito do funcionamento dos mercados.
Ao participarem ativamente do mundo econômico, as cooperativas ajudam a demonstrar que os mercados são frutos de uma construção social. Ou seja, as cooperativas podem auxiliar no estabelecimento das regras e dos códigos de conduta que regulam os mercados (e, portanto, também das cadeias produtivas) em que atuam.
O novo cooperativismo estimula igualmente as experiências de descentralização e a autonomia coletiva, permitindo que pessoas e comunidades aumentem sua capacidade de resolver seus problemas (ampliam seu capital social), e sejam mais valorizadas em termos socioculturais (conquistem sua emancipação).
Para não representar apenas uma iniciativa econômica ou uma obra de natureza caritativa, a cooperativa solidária precisa e deve encarar a educação cooperativista como prioridade.
Ao oferecer oportunidades aos mais simples de acesso a educação e a informação e assim assumir responsabilidades e executar tarefas cooperativas, se está reforçando a idéia que a cooperação e a educação andam juntas. A cooperação cooperativista que abre espaço permanente à formação reflexiva contribuí para o seu próprio fortalecimento, num movimento de valorização mútuo. Nesse sentido, a cooperação e educação são práticas indissociáveis e peças-chave no futuro do movimento do cooperativismo solidário.
Embora com suas raízes nos movimentos sociais, o cooperativismo de base solidária prima por sua autonomia política e econômica, ainda que busque fortalecer os mecanismos de participação e controle social. A capacidade de cumprir sua missão, e de levar adiante as propostas e objetivos é reflexo da capacidade de governança e da comunicação das cooperativas com sua base social, como também reflete o grau de aproximação que a cooperativa estabelece com as demais organizações que compõe seu arranjo institucional.