quinta-feira, 15 de abril de 2010

II Conferência Regional de Economia Solidária do Médio Paraíba

Cerca de 250 pessoas de municípios da região participaram ontem, no Clube Comercial, da II Conferência Regional de Economia Solidária do Médio Paraíba, onde puderam mostrar os vários trabalhos que são desenvolvidos a partir dos cursos profissionalizantes e de inclusão social nas prefeituras. A conferência debateu a crise no capitalismo e as alternativas de produção de bens e serviços, tanto na fase do empreendedorismo individual quanto no coletivo.
De acordo com o secretário municipal de Ação Comunitária, Munir Francisco, que fez a abertura da conferência representando o prefeito Antônio Francisco Neto (PMDB), o município tem realizado sonhos com a criação do projeto Reciclar, da associação dos agentes ambientais, do Conselho Municipal do Trabalho e Renda, que reúne empregadores, empregados e poder público, dos cursos profissionalizantes. “Todos esses trabalhos buscam avançar em diversas ações nas áreas de cooperativismo, retirando pessoas do desemprego e capacitando-as para o trabalho formal, com a redução da informalidade”, disse o secretário.
O diretor do Movimento Pela Ética na Política (MEP) e do Movimento Resgate da Paz, José Maria da Silva, o Zezinho, esteve no evento representando o setor social da Cúria Diocesana de Barra do Piraí. Segundo ele, o bispo Dom João Maria Messi considerou muito importante o evento, principalmente pelo fato do tema informalidade também fazer parte da Campanha da Fraternidade 2010, Economia e Vida. “A troca de experiência é o elemento novo para fazer a inclusão social”, citou Zezinho. Para o presidente da Comissão Municipal do Trabalho e representante do grupo MetalSul, Ronaldo Alves, é importante cada vez mais avançar na organização e na sustentabilidade em gerar rendas, sem comprometer o meio ambiente. “No país existem atualmente 1,7 milhão de empreendedores individuais que movimentam a economia no país, mobilizam mão de obra na prestação de serviços, agricultura, na pesca e artesanato”, comparou.
Ronaldo disse que, atualmente, a economia informal tem em atividade 62% de homens e 38% de mulheres. “A economia informal pode contribuir muito pelo crescimento da economia do país, avançando a nível regional e nacional. A gente espera ampliar, mas fundamental mesmo é a conscientização da sociedade desta força de trabalho e produção”, destacou Ronaldo Alves. A integrante do Conselho Municipal do Trabalho e Emprego e representante do Sinduscon Sul Fluminense, Maria das Graças, enfatizou a importância de apoiar todas as iniciativas de trabalho. “Independente que seja na Construção Civil ou outro setor produtivo da economia, para gerar rendas e oportunidade de trabalho”, acrescenta.
A Comissão do Trabalho, formada por empregadores, empregados e poder público, tem rotatividade na sua direção. Até 2011, os empregadores é que estão na presidência da entidade. A professora Lígia Soares, da Escola de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal Fluminense (UFF), frisou que a economia solidária não deve ser vista como coisa para pobre, destacando como foco principal o fortalecimento da democracia participativa e a economia solidária. “O foco é a gente mudar a racionalidade individual para o interesse da coletividade”, complementa. O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Jessé Hollanda, acredita na força comercial da região para pequenos e micro empresários. “O poder público pode ajudar estruturando ações na questão tributária, buscando reduzir a informalidade, beneficiando o crescimento na economia do município com essas ações positivas”, revela.
Denise Alves, do programa Cooperativismo da Smac, disse que a II Conferência foi um chamado à população para debater políticas públicas com propostas aos governos federal e estadual. “Um dos objetivos da reunião foi ampliar a produção da economia solidária através do cooperativismo. Vários municípios da região fizeram exposição dos trabalhos, de inclusão social e cooperativismo, que ajudam a economia solidária e informal das famílias na geração de rendas”, concluiu.
Participaram ainda do encontro os municípios de Quatis, Barra Mansa, Porto Real, Rio Claro e Itatiaia.

Fonte: http://www.avozdacidade.com/portal/Economia/htm000021248.asp
Foto:Filipe Carneiro

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