"Dizer que a crise internacional acabou é uma afirmação bizantina, no mínimo discutível, porque acabou para o sistema capitalista como um todo, mas não para quem perdeu o emprego ou a casa", afirmou o secretário Nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e Emprego, Paul Singer.
Ao participar do IX Seminário sobre Perspectivas do Desenvolvimento Brasileiro, cujo tema era "Crise como Oportunidade", ele disse que a crise financeira fez com que todos países jogassem fora os ensinamentos de ortodoxia econômica, em razão das incertezas geradas pelo mercado. O encontro foi promovido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
"Agora, com novo cenário, podemos dizer que essa crise passou, mas a próxima já está no forno", alertou. Isso porque, segundo ele, as crises são cíclicas. Mas ressaltou que qualquer crise a partir de agora encontrará cenário mundial diferente, porque há uma "desglobalização" em curso, detectada por iniciativas protecionistas de alguns países.
No seu entender, a crise que estourou em setembro do ano passado já se suavizou, desacelerou lá fora. No Brasil, segundo Singer, ela já teria sido superada. E aponta o aumento gradual da oferta de empregos desde fevereiro, depois da perda de 700 mil vagas no fim de 2008, em defesa da sua argumentação.
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