sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Oitavo programa do dia 27 de agosto de 2009

O programa começou com a uma homenagem aos companheiros do MST da qual o Elton Brum da Silva foi assassinado pela brigada militar na Fazenda Southall em São Gabriel.

Poesia




A poesia foi elaborada em coletivo pelos integrantes do MST de todo o Brasil. Ela foi recitada no ato em que os companheiros acampados na Fazenda Southall em São Gabriel, organizaram para cobrar o assassinado do militante Elton Brum da Silva, 44 anos pela policia militar, com um tiro a queima roupa pelas costas.

Força e coragem companheiros e companheiras.

A MORTE ESPERAVA POR ELE

Ademar Bogo
Tempos duros de ameaças e sem credibilidade
A Brigada era o terror se aproximando
A governadora Crusius era o próprio calvário
Até que o sangue veio para marcar a terra
Terra boa de São Gabriel...
Amaldiçoada enquanto propriedade da Southall.
Quem pensais que sois, Malditos fingidores?
Perseguidores de escolas e das crianças!
O que ganhais com balas disparadas brigadianos?
Umas costas furadas, sem sangue e um corpo morto!
O que direis à opinião pública, já sem opinião?
Que mataram em legitima defesa? Pelas costas?
Então o morto revoltado, teria desafiado um soldado sem olhar em sua fronte?
Errado! Um Sem Terra nunca desvia o olhar de quem não gosta!
Como era tantos, não foi possível olhá-los todos de uma vez!
E o mais covarde atirou a traição.
E um morreu a traição!
E o crime foi a traição!!
Quem poderia saber a hora do disparo?
A governadora sabia!
Faz tempo que ela havia encomendado um morto
Ela queria uma morte, uma cabeça na bandeja
Para dizer aos seus abnegados da quadrilha:
Vende, como ainda tenho autoridade!
Agora, as noticias vão ganhar espaços por uma semana
Depois, os jornais calarão as vozes
E procuraram um crime novo.
E ela então ressurgirá mais jovem
Com as pernas trançadas em algum candidato
Buscará os votos para tentar escapar da maldição.

São Gabriel das terras escravizadas:
Dos conflitos recriados
E dos bandidos traiçoeiros...
Olhai para os que buscam o trabalho, a terra e a dignidade.
Amaldiçoai os que levantam armas e leis contra as enxadas
E impetrai o mandado da justiça
Contra os que fazem cair lágrimas pelas fases das mulheres e crianças.
Que não anoiteça mais um dia
Sem que o remorso e a dor adentrem o palácio, os quartéis e as salas
Das ensebadas fazendas inimigas
Que a depressão caia sobre esses recintos e maltrate as consciências criminosas
Que a terra, que chama por seus filhos, anime as novas lutas
E vibre com seus campos.
Que o sangue derramado seja o clamor
Para que todas as forças se dirijam naquela direção
Para a grande conquista. Assim temos certeza que:
O Elton Não morreu: É a continuidade da promessa!

CONVOCATÓRIA da COOPRESSUL

CONVOCATÓRIA da COOPRESSUL

A direção executiva da COOPRESSUL convoca seus cooperados (as) para Assembléia Extraordinária que será realizada no dia 04 de agosto de 2009.

Local: sindicato da Alimentação, Rua Almirante Barroso, 3425.

Horário: 14h 1ª chamada e as 14h30m a 2ª chamada para deliberação com quorum presente.

Pautas:
1º) Alteração do Estatuto da Cooperativa (acréscimo do artigo que regulamenta a prestação de serviços);
2º) Encaminhamento para reabertura da LOJA;
3º) Prestação de Contas;
4º) Promoção de primavera; e
5º) Mobilização dos cooperados para organização das oficinas.


Presidente da COOPRESSUL Luciane B. Almeida

Noticia




Brigada Militar monitora de longe a movimentação do MST em São Gabriel
Manifestantes farão culto ecumênico no local em que sem-terra foi morto com um tiro

Policiais militares acompanham de longe, na manhã desta sexta-feira, a movimentação de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em São Gabriel. Foi realizado um ato simbólico pelos seis dias da morte de Elton Brum da Silva, 44 anos, no local em que o sem-terra foi morto com um tiro nas costas, na Fazenda Southall, em São Gabriel. Os policiais militares não entraram na área que foi invadida.

Um culto ecumênico deve durar cerca de uma hora e meia. Os sem-terra estão saindo de ônibus do acampamento Filhos de Sepé, que fica a cerca de 12 quilômetros do local, e indo para a área em que foi cumprida a reintegração de posse da área invadida da fazenda, na sexta-feira passada. Os primeiros a chegar ao local já estão cantando e gritando palavras de ordem. Por enquanto, não foram registrados incidentes.

Em Júlio de Castilhos, também na Região Central, sem-terra fazem uma caminhada até o Fórum da cidade, no Centro, para protestar contra a morte de Elton Brum da Silva. A Brigada Militar monitora a movimentação.

Notícia





MST promove ato simbólico onde sem-terra morreu em São Gabriel
Elton Brum da Silva, 44 anos levou um tiro nas costas na Fazenda Southall


Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) promovem, na manhã desta quinta-feira, um ato simbólico pelos seis dias da morte de Elton Brum da Silva, 44 anos, no local em que o sem-terra foi morto com um tiro nas costas, na Fazenda Southall, em São Gabriel. Cerca de 300 pessoas, entre sem-terras e apoiadores do movimento, participam de um ato ecumênico que começou depois das 10h30min e deve durar cerca de uma hora e meia. Integrantes do movimento carregam uma cruz de madeira e plantaram uma árvore no local.

Depois do ato, os sem-terra voltarão ao acampamento Filhos de Sepé, que fica a cerca de 12 quilômetros do local.

Em Júlio de Castilhos, também na Região Central, sem-terra fazem vigília em frente ao Fórum da cidade, no Centro, para protestar contra a morte de Elton Brum da Silva. Quatro integrantes do movimento serão recebidos às 14h por uma juíza Andreia da Silveira Machado.



Os entrevistados da semana foi a Ong Pachamama essa foi criada por um grupo de pessoas ligadas ao movimento da Mística Andina em prol da ampliação de consciência em relação à sustentabilidade do Planeta, cultivando o respeito mútuo entre o ser humano e a natureza e entre os próprios seres humanos através da valoração e vivência de relacionamentos baseados no amor e no carinho. A ONG está organizando as feiras de trocas solidárias em Pelotas, com a representação do Nelson Padima Querido.
Também esteve presente Pedro um dos organizadores dos projetos reflorestamento na encosta do Arroio Pelotas e o Reciclando “reciclagem de pilhas e baterias”. E Diandra organizadora do projeto Chegue e Dalhe “um projeto que tem como objetivo ajudar os necessitados de uma forma divertida, com palhaços levando a alegria de viver para diversos bairros da cidade” afirmou Diandra. Esses são trabalhos realizados pela ONG Pachamama.
A ONG irá realizar a feira economia solidária no primeiro sábado do mês setembro, no Ginásio do Areal, Rua Domingos de Almeida, no horário das 14h às 18h.
Foi esclarecido um pouco sobre o que é e como surgiram as feiras solidárias de troca.
Maiores informações pelo telefone 9913-1883 Padima.

O que é Rede de Trocas Solidárias?


Rede de Trocas ou Clube de trocas, como também pode ser chamado, é uma organização que promove o intercâmbio de produtos e serviços entre as pessoas, onde se privilegiam os valores humanos e sociais sobre a especulação e as condições materiais.
A troca como atividade social existe desde o princípio dos tempos e consiste numa atividade essencialmente baseada na negociação entre duas partes - pessoas ou grupos de pessoas - que chegam a um acordo de que algo é equivalente a outro algo e passível de troca.
Com a grande concentração de renda que o mundo vive hoje o dinheiro está ficando cada vez mais escasso e se concentrando nas mãos de poucas pessoas.
Atualmente, 95% do capital mundial está a serviço da especulação financeira. Por isso, o cidadão tem o direito de se organizar de outras formas. É aí que surgem as Redes de Trocas Solidárias. Um espaço construído a partir da solidariedade de grupos, criando uma reflexão de como cada pessoa que está excluída do mercado convencional poderá trocar os seus produtos, conhecimentos, serviços, trabalhos e cultura de forma direta ou através das moeda social alternativa - que é um instrumento dessa nova economia - com um compromisso responsável de que quanto mais se utiliza as moedas sociais mais se chega a uma economia verdadeiramente humana para que se possa compartilhar e melhorar a qualidade de vida.
O que se precisa ou se oferece só pode ser aceito dentro das redes de desenvolvimento local que se espalham pelo Brasil e pelo mundo. É importante dizer que nestas feiras cada grupo estabelece um termo de compromisso e um regulamento de funcionamento por escrito entre as redes e o núcleo.

Maiores informações sobre a ONG Pachamama pelo Site:
http://www.misticaandina.com.br/index2.php?center=ong

Notícia



Bento Gonçalves poderá integrar projeto Economia Solidária
Trabalho será feito de outubro a dezembro deste ano


Representantes do Executivo de Bento Gonçalves se reuniram com representantes do Ministério do Trabalho e do deputado federal Pepe Vargas na última terça-feira para tratar sobre o projeto Economia Solidária. Estavam na reunião Eliana Passarin, titular da Secretaria Geral de Governo e Administração de Bento Gonçalves e o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Leandro Santarossa.

Participaram do encontro, além dos representantes do Executivo, o integrante do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e Emprego, Os participantes também se colocaram à disposição para apresentar emendas parlamentares para projetos de Bento Gonçalves.

Economia Solidária é alternativa de geração de trabalho e renda e uma resposta a favor da inclusão social. Compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário.

Fonte: Jornal Pioneiros

Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária - SIES

A Secretaria Nacional de Economia Solidária com o objetivo de proporcionar a visibilidade, a articulação da economia solidária e oferecer subsídios nos processos de formulação de políticas públicas, está realizando o mapeamento da economia solidária no Brasil. Para isso, foi desenvolvido o Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária (SIES), composto por informações de Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) e de Entidades de Apoio, Assessoria e Fomento (EAF).

Fonte: Ministério Trabalho e Emprego

Dica de Livro














A Economia Solidária Como Política Pública - Uma Tendência de Geração de Renda
Autora: Rosangela Nair de Carvalho Barbosa.
Editora: Cortez

As transformações que vêm atingindo o modo de produção capitalista, com a construção de um novo padrão produtivo, tecnológico e organizacional que intensifica a exploração do trabalho, vêm provocando grandes impactos no assalariamento, gerando desemprego, excluindo trabalhadores do mercado formal e ampliando o trabalho autônomo, parcial, terceirizado e temporário.
Esse contexto, de redefinições das relações de trabalho na sociedade brasileira atual, impõe ao Estado um conjunto de iniciativas e o desenvolvimento de novas políticas públicas, associadas ao enfrentamento da informalidade, no campo de empreendedorismo, entre as quais as cooperativas de Economia Solidária. A partir desse quadro, Rosangela Nair de Carvalho Barbosa enfrenta, com competência, o desafio de analisar o “sentido social da economia solidária como política pública no Brasil”, seja como estratégia emergencial de baixa resolutividade, seja como possibilidade de sua constituição como sujeito socioeconômico capaz de enfrentar o empobrecimento dos trabalhadores.
As instigantes reflexões e análise contidas neste livro fazem com que se torne leitura obrigatória para todos que buscam entender o surgimento e os limites das novas formas de regulação do trabalho no ambiente neoliberal.

Notícia




ITECSOL/UNIJUÍ participa do mapeamento de empreendimentos de economia solidária nacional

A Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES) do Ministério do Trabalho e Emprego está desencadeando no Brasil uma nova etapa do processo de mapeamento de Empreendimentos de Economia Solidária, que aconteceu pela primeira vez no ano de 2005. Nesse sentido, acontecerá entre os dias 21 e 24 de agosto, em Salvador – Bahia, o Seminário Nacional do Mapeamento, com uma reunião entre a equipe de gestores deste mapeamento.
Aqui no Rio Grande do Sul este mapeamento ficou a cargo da Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS) de São Leopoldo e da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, a Unijuí, por meio da Incubadora de Economia Solidária, Desenvolvimento e Tecnologia Social (ITECSOL), apoiadas ainda por um conjunto de outras entidades, que formam a Comissão de Gestores Estadual (CGE).
Para esse encontro em Salvador, a Unijuí foi escolhida para representante da CGE gaúcha, sendo que Fábio Lemes, economista e técnico da ITECSOL estará participando da reunião.
Fábio destaca que “entre as políticas do Governo Federal na Secretaria de Economia Solidária a mais abrangente foi o mapeamento, no sentido que permitiu a identificação de mais de 20 mil Empreendimentos de Economia Solidária em todo o Brasil, inclusive 377 na região de atuação da Unijuí. A oportunidade de estar revisitando esses empreendimentos, além de identificar novos surgidos nesse período e, o mapeamento de políticas públicas implementadas pelos Governos Municipais, também serão importantes para gerar outras ações públicas em Economia Solidária. Para nós da Itecsol/Unijuí é importante sermos uma entidade referência nesse tema”.
Mais informações podem ser obtidas no sítio do Ministério do Trabalho e Emprego (http://www.mte.gov.br/), no link da Economia Solidária.

Dica de SITE da semana:

WWW.GERANEGOCIO.COM.BR/HTML/GERAL/MICROCREDITO/TROCAED.HTML


Página que explica o conceito das trocas solidárias, organização de feiras, montar uma rede de troca. Site prático e muito útil para quem se interessa no assunto.
Confira.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O sétimo Programa ocorreu no dia 20 de agosto de 2009.

No sétimo program teve a participação do RETRATE (Reabilitação Trabalho e Arte) que é composto, atualmente, por um grupo de 21 pessoas que iniciaram a freqüentar o ReTRATE após terem alta do CAPES (Centro de Atenção Psico-Social/ do município).





Introdução Economia solidária e artesanato (RETRATE)

A economia solidária possui uma finalidade multidimensional, isto é, envolve a dimensão social, econômica, política, ecológica e cultural. Isto porque, além da visão econômica de geração de trabalho e renda, as experiências de Economia Solidária se projetam no espaço público, no qual estão inseridas, tendo como perspectiva a construção de um ambiente socialmente justo e sustentável; vale ressaltar: a Economia Solidária não se confunde com o chamado "Terceiro Setor" que substitui o Estado quando ele não cumpre suas obrigações legais. Para incentivar a emancipação de trabalhadoras e trabalhadores, enquanto sujeitos protagonistas de direitos a Economia Solidária reafirma, assim, a emergência de atores sociais, ou seja, a emancipação de trabalhadoras e trabalhadores como sujeitos históricos.
Vale citar aqui algumas formas de manifestação da Economia Solidária, para se perceber a magnitude e heterogeneidade do segmento de empreendimentos solidários: cooperativas, associações populares e grupos informais (de produção, de serviços, de consumo, de comercialização e de crédito solidário, nos âmbitos rural urbano); empresas recuperadas de autogestão (antigas empresas capitalistas falidas recuperadas pelos/as trabalhadores/as); agricultores familiares; fundos solidários e rotativos de crédito (organizados sob diversas formas jurídicas e também informalmente); clubes e grupos de trocas solidárias (com ou sem o uso de moeda social, ou moeda comunitária); ecovilas; redes e articulações de comercialização e de cadeias produtivas solidárias; lojas de comércio justo; agências de turismo solidário; entre outras. Dentre estas formas de economia solidária também se inclui o artesanato como uma forma de arte e de comércio, como é o tema do nosso programa de hoje, o RETRATE.
Os empreendimentos solidários caracterizam-se por se basearem nos princípios e valores expressos na Carta de Princípios da Economia Solidária, dos quais se destacam o exercício da autogestão na sua organização interna e o fato de serem supra-familiares com caráter de atividade econômica.

Notícia

Reunião Geral INTECOOP UCPEL

Aproveitando o recesso das instituições UCPEL, UFPEL e IF-SUL, a INTECOOP marcou a reunião geral para o dia 20 de agosto, próxima quinta-feira a partir das 18h30m na ADUCPEL que fica na Rua General Telles nº. 562.

Pauta:

Parte 1: Informação e deliberação (18h30 às 19h30)
• Aquisição da bibliografia com os recursos do PRONINC.
• Informe dos grupos de incubação.
• Posicionamento frente Incubadora da UFPEL
• Visita de profs. estrangeiros (Argentina, Uruguai, Venezuela) à INTECOOP.

INTERVALO: 19h30

Parte 2: Formação (20h às 21h30)

• Economia Solidária e Mercado
Exposição seminal: Antônio Cruz e Lúcio Fernandes.
Debate seqüencial.

Texto de subsídio.

O texto de subsídio para a discussão é o trecho da tese do Antônio Cruz, das páginas 292 a 306 (Seções: “A dinâmica da economia solidária” e “Para uma economia política dos trabalhadores associados”).

Como o texto está em .pdf (acrobat), não pode ser editado/cortado etc. Por isto, estamos enviando em anexo a tese toda, mas a leitura indicada para a atividade é apenas o trecho acima citado (pp. 292 a 306).

Além disso, o trecho estará também à disposição no xerox Sta. Cruz, na pasta 401.

Poema da semana

Desabafo de segunda – feira



É impossível para o espelho da alma refletir na imaginação alguma coisa que não esteja diante dele.
É impossível que o lago tranqüilo mostre em sua profundeza a imagem de qualquer montanha ou o retrato de qualquer montanha ou o retrato de qualquer arvore ou nuvem que não exista perto do lago.
É impossível que a luz projete na terra a sombra de um objeto que não exista. Nada pode ser visto, ouvido ou de outro modo sentido, sem ter essência real.
O resto é excesso. Na luta contra o mal o excesso é bom; quem é moderado em anunciar está apresentando apenas uma meia – verdade.
Esconde a outra metade com receio da cólera do povo.
Não vou me surpreender se os “pensadores”disserem de mim.”É um homem de excessos que se volta para o lado mais desagradável da vida e não apresenta nada mais que desgraças e lamentações.”
Se não entende, cumpadre, na casa da ignorância não há espelho no qual se possa ver a alma.
A vida, mestre, é uma escuridão que termina na explosão da luz do dia. Sempre.

Raul Seixas – O Baú do Raul Revirado – Ediouro-2005

Entrevista da semana

A entrevistado dia foi com o pessoal do RETRATE (Reabilitação Trabalho e Arte) que é composto, atualmente, por um grupo de 21 pessoas e estas são de diversos bairros da cidade. Os componentes dos grupos iniciaram a freqüentá-lo após terem alta do CAPES (Centro de Atenção Psico-Social/ do município).
No RETRATE são produzidos diversos artesanatos pelos integrantes dos grupos, os quais são: pintura em tela, costura e papel reciclado, sendo que grande parte dos produtos confeccionados por eles provém de materiais reciclados.
Em Pelotas os produtos podem ser encontrados na sede no RETRATE, localizada na Rua Saldanha Marinho, nº 67.
Informações pelo telefone 912-67855 ou pelo blog: http://retrate-pelotas.blogspot.com
Estiveram presentes no Programa Economia Solidária - uma outra economia já existe, na Rádiocom Marisa Gigante Terapeuta Ocupacional, coordenadora das oficinas de geração de trabalho e renda do RETRATE, também esteve a Estela Valério da Silva e Maria Denise participantes da oficina de Costura do RETRATE. esclarecendo duvidas dos ouvintes e divulgando o trabalho feito pelo retrate,
Alguns levantamentos ocorridos ao longo da entrevista foram sobre o tempo de funcionamento do RETRATE, como funciona as oficinas e quais são esses grupos, qual o significado do RETRATE para os participantes, quais os produtos produzidos e vendidos pelo RETRATE entre outras.

Todas essas informações podem ser encontradas no próprio blog do RETRATE que é: http://retrate-pelotas.blogspot.com.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Dicas de Livros

O primeiro livro foi:

A Arte Do Artesanato Brasileiro
Autor: VARIOS AUTORES
Editora: TALENTO
Assunto: TRABALHOS MANUAIS

Este livro apresenta peças de todos os estados, mostrando a imensa diversidade de estilos e criatividade do artesão brasileiro. Bem interessante para quem quer conhecer os diferentes tipos de artesanato do nosso vasto país



A segunda dica foi:

Cooperativismo Como Alternativa De Mudança
Uma Abordagem Normativa
Autor: NASCIMENTO, FERNANDO RIOS DO
Editora: FORENSE-
Assunto: TERCEIRO SETOR

O cooperativismo, por si só possui um leque imenso de contradições e paradoxos, e o momento presente, em que a perplexidade quanto ao futuro é uma variável constante em cada cidadão do mundo, seu autor é um homem que viveu, e continua vivendo, duas facetas fundamentais da condição humana; a teoria e a prática. Suas reflexões sobre falsas cooperativas, fidelidade e recursos humanos, entre outros, são preciosas contribuições a este tema tão instigante.

Paul Singer: crise não acabou para quem perdeu o emprego

"Dizer que a crise internacional acabou é uma afirmação bizantina, no mínimo discutível, porque acabou para o sistema capitalista como um todo, mas não para quem perdeu o emprego ou a casa", afirmou o secretário Nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e Emprego, Paul Singer.
Ao participar do IX Seminário sobre Perspectivas do Desenvolvimento Brasileiro, cujo tema era "Crise como Oportunidade", ele disse que a crise financeira fez com que todos países jogassem fora os ensinamentos de ortodoxia econômica, em razão das incertezas geradas pelo mercado. O encontro foi promovido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

"Agora, com novo cenário, podemos dizer que essa crise passou, mas a próxima já está no forno", alertou. Isso porque, segundo ele, as crises são cíclicas. Mas ressaltou que qualquer crise a partir de agora encontrará cenário mundial diferente, porque há uma "desglobalização" em curso, detectada por iniciativas protecionistas de alguns países.

No seu entender, a crise que estourou em setembro do ano passado já se suavizou, desacelerou lá fora. No Brasil, segundo Singer, ela já teria sido superada. E aponta o aumento gradual da oferta de empregos desde fevereiro, depois da perda de 700 mil vagas no fim de 2008, em defesa da sua argumentação.


http://www.vermelho.org.br

Incentivo ao cooperativismo para combater desemprego

O estímulo à organização de pessoas em sistema de cooperativa é uma das estratégias do governo do Estado para contrapor impactos da crise financeira mundial na economia gaúcha. A medida, conduzida pela Secretaria de Relações Institucionais, mobiliza cidadãos e lideranças na formação de pequenas células cooperativas, apoiadas pelas prefeituras, e organiza programas de ação solidária.

"O cooperativismo, ao envolver um número cada vez maior de trabalhadores, reduz a informalidade e colabora, inclusive, para ampliar a base de contribuição à Previdência Social", destaca o gerente de Cooperativismo e Associativismo da Secretaria de Relações Institucionais, engenheiro agrônomo Lino Hamann. A pasta, juntamente com diferentes órgãos públicos, promove encontros em dezenas de municípios para abordar a importância do setor para o Rio Grande do Sul.

Em Arroio do Tigre, por exemplo, a Secretaria de Relações Institucionais presta assessoramento para estruturar cooperativa formada exclusivamente por mulheres oriundas das comunidades Rutzen e São Francisco, áreas com alto índice de vulnerabilidade social. "Essas vilas são paupérrimas, em aparente ambiente promíscuo, com baixo nível de saneamento básico e habitações precárias", avalia Lino Hamann.

O governo do Estado, mediante convênio, repassará R$ 20 mil para montagem de oficina de corte e costura, envolvendo de 20 a 60 associadas. A iniciativa - que integra o Programa Estruturante Nossas Cidades, com participação do RS Mulher e da prefeitura local - permitirá a compra de equipamentos a serem instalados em área (terreno e prédio) da Comunidade Evangélica do município.

O desafio vai além de oferecer suporte técnico e financeiro a empreendimentos transversos aos tradicionais segmentos produtivos. "Implica estimular os poderes públicos a lançarem um novo olhar na direção do cooperativismo", destaca Hamann. Projetos semelhantes foram apresentados aos prefeitos da Região Centro-Serra, em Ibarama: criação de uma agência de desenvolvimento e de unidades de tratamento de lixo (a partir de microcooperativas locais), com uma central de processamento.

Lino Hamann acredita ser possível gerar até dez mil postos para ocupação de mão-de-obra em todo o Estado se cada município tiver uma cooperativa de trabalho, para, por exemplo, realizar a coleta seletiva de material reciclável, considerando que cada unidade do gênero tenha um mínimo de 20 participantes.

Fonte: Gov. RS
http://www.guiadigital.info

BNDES pode dispor mais R$ 10 mihões ao Governo da Paraíba

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se dispõe a emprestar R$ 10 milhões, para financiar Arranjos Produtivos Locais (APLs) na Paraíba, com contrapartida do Estado de 10% desse valor. A informação foi repassada por representantes da instituição financeira oficial à equipe da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), durante encontro no auditório da Companhia de Desenvolvimento do Estão da Paraíba (Cinep), no Bairro de Jaguaribe, em João Pessoa, nos períodos da manhã e tarde desta quarta-feira (19).
A idéia comum é desenvolver APLs previamente identificados com destaque para a caprinocultura, ovinocultura, fruticultura, minerais não metálicos, o ramo coureiro-calçadista e de confecções nas diversas regiões paraibanas.
Na abertura do evento, o secretário Ademir Alves de Melo, da Seplag, assinalou a importância dos Arranjos “enquanto forma de produção onde se conjugam segmentação e complementação de uma determinada atividade produtiva, permitindo dessa forma potencializar os processos produtivos com aumento econômico da escala e do poder de barganha dos pequenos produtores agrupados em forma de APLs”, explicou.
A Seplag mais as secretarias de Ciência e Tecnologia têm centrado esforços no desenvolvimento dos APLs da cachaça paraibana, que tem demonstrado interesse em melhorar a qualidade em busca de um selo que referencie esse aspecto. O selo proporcionaria maior garantira e conquista de mercados internos e externos.
Participam do evento, além da Seplag, a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e da Ciência e Tecnologia (Semarh), representantes da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba S. A. (Emepa), secretarias de Desenvolvimento Humano (Sedh), Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa), Banco do Brasil, Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Também presentes ao encontro, Pedro Capibaribe, da Secretaria das Cidades do Governo do Ceará; Eduardo Jorge Lins de Carvalho, gerente de Economia Solidária do BNDES, mais Eliezer Cordeiro Nascimento, também do Banco.


http://www.pbagora.com.br

Cidade de Deus ganha moeda própria

Depois de ganhar a Unidade de Policiamento Pacificadora, moradores e principalmente comerciantes da Cidade de Deus serão beneficiados em outubro deste ano com a moeda própria da comunidade. A informação, publicada nesta quinta-feira, na coluna Negócios & Cia, do jornal O Globo, faz parte de um projeto da Secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico Solidário.
A favela foi escolhida para testar o projeto por ter muitos empreendimentos e ser uma das poucas comunidades com bancos já instalados. Um deles é o Banco do Brasil, que será o parceiro na área financeira do programa. O benefício virá principalmente para os moradores que poderão ganhar descontos na compra de produtos em estabelecimentos dentro da favela, a partir da criação de uma rede de empresas credenciadas.
Desta forma, com a moeda própria e descontos, a moeda estimula a atividade comercial local, valorizando a comunidade. A moeda nacional será trocada pela local no Banco do Brasil que tem dentro da Cidade de Deus, sendo o câmbio de um para um. O nome da moeda social ainda não foi escolhido.
A ideia foi copiada do Instituto Palmas, no Ceará, com o Banco do Nordeste, que tem sua moeda local, conhecida como Palmas. Caso o programa venha a vingar, ele pretende chegar a 15 comunidades até o fim de 2012 e só no próximo ano, será implantado nas comunidades também do Santa Marta, Vigário Geral, Alemão e Manguinhos.
A cidade de Silva Jardim, no Rio de Janeiro, é pioneira no projeto no Estado e mostra que a moeda social pode ser adotada tanto em uma comunidade como uma cidade. A Prefeitura da cidade aderiu à medida e o capivari, nome que a moeda local vai receber, deve entrar em circulação até o final deste ano.

www.sidneyrezende.com/noticia/

A dica de site da semana foi:

Uma cooperativa de pais, amigos e portadores de deficiência

Sediada em Florianópolis/SC

www.coepad.hpg.ig.com.br

Tem por objetivo proporcionar exercício profissional aos associados – deficientes – [segundo a própria descrição da página principal]

Confira o Site da Cooperativa.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sexto programa realizado dia 13 de agosto

O sexto (6º) programa foi realizado no dia 13 de agosto, sobre a Rede Universitária de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares (Rede de ITCPs). Com a presença de um dos coordenadores responsável da Rede de ITCPS Prof. Dr. Antônio Cruz.


A REDE UNIVERSITÁRIA DE INCUBADORAS TECNOLÓGICAS DE COOPERATIVAS POPULARES (REDE DE ITCPs) nasceu em 1998 e seu objetivo é apoiar a criação e consolidação de empreendimentos de economia solidária, bem como prestar assessoria e formação a grupos já consolidados. Para tanto, a atuação da ITCPs pressupõe um processo de intensa articulação entre pesquisas, ensino e extensão nas universidades em que funcionam.
As demandas por incubação vêm de grupos de economia solidária, que em geral reúnem trabalhadores desocupados ou em situação de trabalho precário, que raramente dispõem de capital acumulado previamente e que tentam empreender economicamente de forma coletiva e autogestionária, a partir de suas experiência e qualificações profissionais. Assim, necessitam de assessoria e formação para seus empreendimentos em várias áreas: tecnologia, gestão, relações humanas, direito, saúde etc. O que as incubadoras fazem é disponibilizar professores, estudantes e técnicos, que desde a universidade, atuando interdisciplinarmente, procurando atender as demandas dos grupos. Em contrapartida, o contato com os grupos transforma o ensino universitário, aproximando-o da realidade dos trabalhadores.
É através da Rede de ITCPs que as incubadores discutem e aperfeiçoam suas metodologias. Ela representa hoje o esforço articulado de cerca de 200 docentes/pesquisadores, 750 estudantes e 200técnicos de nível superior, nas 41 universidades em que elas existem - em todas as regiões do Brasil.
Atualmente, há aproximadamente 330 grupos sob incubação, representando um universo de cerca de 4.500 trabalhadores/trabalhadoras, nos mais diversos ramos de produção, distribuição e consumo de bens e serviços, clubes de trocas e iniciativas de finanças solidárias, bem como outros tipos de iniciativas econômicas associativas.


O e-mail do programa para contato é: programaeconomiasolidaria@yahoo.com.br

Notícia

11a. Feira Estadual de Economia Popular Solidária/ RS

Desde o início do ano de 2009 as comissões organizadoras da 11a. Feira Estadual de Economia Popular Solidária/ RS estão se encontrando e preparando este evento. A feira acontecerá entre os dias 28 de setembro a 03 de outubro, no largo em frente ao Mercado Público de Porto Alegre.
Ontem dia 12 de agosto, no espaço do CPERS-Sindicato, aconteceu uma atividade de formação preparatório à feira. Participarão deste encontro as comissões organizadoras e três representantes dos Fóruns Regionais do RS.


Fonte: www.fbes.org.br

Notícia

Projeto de lei cria normas para Economia Popular Solidária

Está em tramitação na Assembleia Legislativa do RS o Projeto de Lei 336/2007, de iniciativa popular, que institui a Política Estadual de Fomento à Economia Popular Solidária no Estado do Rio Grande do Sul. A proposta foi apresentada pelo Fórum Gaúcho de Economia Solidária e já tem parecer favorável em três comissões: Participação Legislativa Popular, Constituição e Justiça e Economia e Desenvolvimento Sustentável.


Fonte: http://www.jornalagora.com.br

Poemas

Livro: Canto Geral
Autor: Pablo Neruda


Poemas


Vamos Revolucionar



A mudança é necessária e deve ser cotidiana
Aprendemos com a história que é
Precisos lutar
Salvar o planeta, a natureza e a raça humana
É a nossa tarefa, vamos revolucionar!

No sentido da palavra está explicação
Transformar em cada gesto e em cada ação
Pra que o ser se permita germinar,
Ele é o novo e quer nascer com os pés no chão
Se reciclando para ser revolução
Seguindo em frente, vamos revolucionar!

Se a tradição é moralista e estática
Uma certeza pode se transformar
A cultura faz a pessoa simpática
Seremos cultos, vamos revolucionar!

Se a tradição é moralista e estática
Uma certeza pode se transformar
A cultura faz a pessoa simpática
Seremos cultos, vamos revolucionar!

O sistema ensina a busca individual
Fortalecendo sendo o ego pessoal
Pra responder antes de perguntar,
Mas o ser humano é um Ser Social
Com capacidade de ser intelectual
Buscando o conhecimento vamos revolucionar!

O grito de protesto tem muito valor
Não podemos ser explorados e nos calar
Se diferente liberando o calor
Que faz a gente se identificar
Nosso grito pode acabar com mil
gritos de dor
Unamo – nos pra gritar, vamos revolucionar!

Somos sempre instigados a consumir
Um produto chega e já tem que partir
Por que outro vai tomar o seu lugar.
A lógica do mercado faz o povo assistir
Buscando o ter, esquecendo do sentir
O mercado que se lasque, vamos revolucionar!

A concentração do conhecimento
Impede o ser humano de raciocinar,
O cérebro é o seu firmamento
Que o sistema não deixa germinar
A auto – estima fará o julgamento
Com o ser diferente sendo fermento
Nos libertaremos, vamos revolucionar!

Quando o desanimo e a desilusão
Sem pedir licença em nossa vida entrar,
Aprendamos com a revolução
Guiados pela mente e o coração
Que ser amado é conseguir amar,
Criar e recriar é a transformação
Matando a ingnorança com a educação
Buscando o novo vamos revolucionar!

Luta, trabalho, estudo e lazer
A vida segue sempre transformando
Mudando as relações para o nosso compreender
Os passos apontam o horizonte chegando,
O que o capital tem para oferecer
È o que não precisamos para viver
Sigamos vivendo e revolucionando!




A RESPOSTA ESTÁ NO SER

Um suspiro paria no ar
Dúvidas, incertezas, inquietações
De repente paramos para escutar
Num suspiro aparecem as reações
O que fazer? Não dá pra ignorar !
São batidas de muitos corações.

Seguir em frente por seguir não adianta
Aceitar tudo calado é covardia
Quando a ansiedade de ser livre é tanta
O desejo se transforma em agonia
Aos hipócritas a mentira encanta
Para os sinceros entoar a melodia.

Aprendendo que aprender é ser eterno
Respeitando os valores diferentes
O verão existe porque há inverno
Nem outono e primavera são permanentes
O Poder não está no fato de usar terno
Está na capacidade de ser gente.

Trair a traição do egoísmo
Aprendendo que é possível escutar
A arrogância é o tempero do cinismo
Impedindo a liberdade germinar
Esse mal será jogado num abismo
Pelos frutos de uma prática exemplar.

Desvendando o mistério da verdade
Depois da guerra vem sempre a paz
É mais bonito ouvir a voz da lealdade
Brilhar nos olhos do ser humano capaz
De construir sua própria felicidade
Fazendo o que é para ser o que faz.

O suspense encontrará a saída
Resolvido num sentimento profundo
A incerteza faz a sua despedida
E o coração seguindo o ritmo do segundo
Anuncia o pulsar de uma nova vida
Com o ser humano no centro do mundo.


Dirceu Pelegrino Vieira





Os Ditadores

Ficou um aroma entre os canaviais:
Uma mescla de sangue e corpo, uma penetrante
Pétala nauseabunda.
Entre os coqueiros os túmulos estão cheios
De ossos demolidos, de estertores calados.
O delicado sátrapa conversa
Com taças,pescoços e cordões de ouro.
O pequeno palácio brilha como um relógio
E os rápidos risos enluvados
atravessam ás vezes os corredores
e se reúnem às vozes mortas
e às bocas azuis frescamente enterradas.
O pranto está escondido como uma planta
Cuja semente cai sem cessar sobre o chão
e faz crescer sem luz suas grandes folhas cegas.
O ódio se formou escama por escama,
Golpe por golpe, na água terrível do pântano,
Como um focinho cheio de lodo e silêncio.

Notícia - Seminário Procoas - reunião das redes e comemorações‏

Seminário que ocorrerá na Universidade Federal do Paraná nos dias 18, 19 e 20 de agosto de 2009.
O Tema do Seminário é: Organização Popular e Cooperativismo na América Latina.

Abertura do seminário será no dia 18 pela manhã com o Professor Paul Singer e uma conferência Multiculturalismo e Políticas Emancipatórias na América Latina- conferista. E no dia 19 pela manhã - Políticas Públicas de Economia Solidária e o papel das universidades com o Prof Valmor da Universidade Regional de Blumenau (FURB). Já no dia 20 pela manhã é a vez do - Prof Dr. Marcio Pochman que apresenta Padrões de Desenvolvimento e políticas emancipatórias. Em negociação para uma Mesa Redonda com a participação dos coordenadores das Redes, do Canadá e de Mondragón, apresentando os objetivos diretrizes e experiência de cada.
A tarde terá apresentação de trabalhos e seminários temáticos.
Para enviar o resumo do seu trabalho e pelo site www.direitocooperativo..ufpr.br e www.itcp.ufpr.br e vai de 17 a 19 de agosto.
O Evento a princípio está programado para ser realizado no Prédio Histórico da Universidade Federal do Paraná nas salas dos cursos de Direito e Psicologia. (depende do número de inscritos)

A ENTREVISTA foi com o Coordenador responsável da Rede de ITCPs

A Rede Universitária de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares (Rede de ITCPs), que é constituída por um conjunto de 41 incubadoras universitárias, vinculadas de forma interativa e dinâmica, favorecendo o desenvolvimento e o intercâmbio de tecnologias sociais e a produção de conhecimentos articulados de forma interdisciplinar e interinstitucional, com o objetivo de apoiar e fortalecer a economia solidária no Brasil.

Nos estúdios da Rádiocom o entrevistado o Coordenador responsável da Rede de ITCPs Prof. Dr. Antônio Cruz que respondeu algumas perguntas e questionamentos colocados também pelos ouvintes através do telefone.


Na entrevista Antônio contou como surgiu à idéia de criar uma Rede de ITCPs, como foi à relação com as incubadoras das universidades para buscar esses apoios. Ainda explicou como a Rede de ITCPs está atuando para realizar os apoios as incubadoras e sobre as trocas de informações, experiências incluindo os encontros que a Rede propicia para as incubadoras de todo o país.
A conversa, foi muito proveitosa e esclarecedora, na segunda parte da entrevista, foi questionado como é a relação da Rede com as incubadoras da região sul, sendo que se criou uma nova Incubadora na cidade e até então não tinham sido feito nenhum contato com a Rede de ITCPs que atua em todo o Brasil com 41 universidades de diversas regiões, tendo o prazer de ter como Coordenador responsável o Prof. Dr. Antônio Cruz que trabalha e mora em Pelotas.


O contato da Rede de ITCPs é através do e-mail – redeitcps@yahoo.com.br
Ou pelo telefone (053) 2128-8015 – Falar com Antônio Cruz ou Mana.

Dica de livro- Economia solidária

Introduçao A Economia Solidaria
Autor: SINGER, PAUL
Editora: PERSEU ABRAMO
Assunto: ECONOMIA

Neste livro, o economista Paul Singer mostra que para termos uma sociedade em que predomine a igualdade entre todos os seus membros é preciso que a economia seja solidária em vez de competitiva. Segundo ele, isso significa que os participantes na atividade econômica deveriam cooperar entre si em vez de competir. O autor, no livro, os princípios da Economia Solidária e defende a idéia de que ela poderá ser 'uma alternativa superior ao capitalismo' por proporcionar às pessoas uma vida melhor, com solidariedade e igualdade.


Sobre o autor:

Economista formado pela USP, é professor titular de Economia aposentado. Ex-secretário municipal de Planejamento de São Paulo, em 2003 foi nomeado pelo Governo Federal secretário de Economia Solidária, cargo vinculado ao Ministério do Trabalho. É autor de 'Aprender economia', 'O Brasil na crise - perigos e oportunidades', 'Economia política de urbanização', 'Globalização e desemprego', 'O que é economia' e 'Para entender o mundo financeiro', e co-autor de 'A economia solidária no Brasil', todos pela Editora Contexto.

MST denuncia papel da Justiça contra a Reforma Agrária

Os mil trabalhadores rurais do MST fazem um ato em frente ao Tribunal Regional Federal (TRF), na tarde desta quarta-feira (12/8), para denunciar como o Poder Judiciário está prejudicando a criação de assentamentos no estado de São Paulo, com processos contra a desapropriação de latifúndios pelo Incra.

Segundo dia de Jornada mobiliza trabalhadores de 11 estados

A jornada de lutas do MST, que cobra do governo federal a realização da Reforma Agrária e o fortalecimento dos assentamentos, mobilizou 11 estados nesta quarta-feira (12/8), com a manutenção de ocupações de superintendências do Incra em sete estados, além de marchas e protestos.

Sem Terra ocupam Prefeitura de São Gabriel

Cerca de 300 Sem Terra ocupam neste momento (12/08) o prédio da Prefeitura de São Gabriel, no Rio Grande do Sul e, outros 100, ocuparam o escritório do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no município. As famílias reivindicam da Prefeitura e do Incra melhorias na infra-estrutura no assentamento criado na cidade no final de 2008, em parte da fazenda Southall, desapropriada no mesmo ano.
A situação das famílias é muito precária. Passados nove meses da criação do assentamento, 400 crianças estão sem estudar porque as escolas são distantes e a prefeitura diz que não há dinheiro previsto no orçamento para o transporte escolar. Não há água potável para beber e nem local adequado para lançar o esgoto doméstico.
A prefeitura diz que não tem verbas e o Incra teve seu orçamento cortado em R$ 800 milhões pelo governo federal.


Reivindicações

Para as famílias assentadas na cidade, o MST reivindica: agilidade na regularização e liberação dos recursos para o início do plantio da safra de verão; demarcação; construção das moradias; energia elétrica; abertura de poços artesianos; abertura de açudes; e o projeto de irrigação para próxima safra.
O MST ainda exige a reposição da verba contingenciada pelo governo federal para a desapropriação de terras para a reforma agrária e investimento nos assentamentos; o assentamento de todas as famílias acampadas no RS (conforme prevê o Termo de Ajustamento de Conduta que não foi cumprido pelo Incra); desapropriação do restante da Fazenda Southall e a liberação imediata, na Justiça, das Fazendas Antoniazzi e 33, em São Gabriel, para o assentamento das famílias acampadas no RS.

A música do programa

A música do programa foi levada e apresentada pelo entrevistado prof. Antônio Cruz que nos relatou sobre como ele conheceu a banda em uma viagem para a Argentina, quando a banda ainda não era muito conhecida por lá e tocava nas praças da cidade. O nome da Banda ARBOLITO que foi uma inspiração tirada do nome da moeda de troca que na época da crise argentina cresceu muito os grupos de trocas, onde circulava essa moeda.
A música escolhida foi LA ARVEJA ESRERANZA, faixa 3 do CD - ARBOLITO - LA ARVEJA ESPERANZA. Pode conhecer mais o trabalho da banda pelo site http://www.arbolitofolklore.com.ar/

Dica de site da semana

A dica de site da semana é da Universidade de São Paulo: www.itcp.usp.br/drupal

Poemas da semana

América Central

Que lua com uma culatra ensangüentada,
Que ramagem de látegos,
Que luz atroz de pálpebra arrancada
Te fazem gemer sem voz, sem movimento,
Te fazem gemer sem voz, sem boca,
Oh, cintura central, oh, paraíso
De chagas implacáveis.
Noite e dia vejo os martírios,
Dia e noite vejo o acorrentado,
O rubro, o negro, o índio
Escrevendo com mãos batidas e fosfóricas
Nas intermináveis paredes da noite.




Fome no Sul

Vejo o soluço no carvão de Lota
E a enrugada sombra do chileno humilhado
Picar a amarga veia da entranha,morrer,
Viver,nascer na dura cinza
Agachados,caídos como se o mundo
Entrasse assim e saísse assim
Entre pó negro, entre chamas,
E só acontecesse
A tosse no inverno, o passo
De um cavalo na água negra, onde caiu
Uma folha de eucalipto como faca morta.

Dica de site

A dica de site da semana foi: www.creditextil.coop.br/
Confira.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Apresentação da Crehnor

Em 10 anos de atividade o Sistema Crehnor, se consolidou através de movimentos sociais como o Movimento Sem Terra, Movimento dos Pequenos Agricultores e a Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil, na tentativa de atender às demandas de crédito das bases desses movimentos.
Seu público alvo são os assentados de reforma agrária e agricultores familiares organizados nesses movimentos. Está presente nos Estados do Paraná, Santa Catarina, e Rio Grande do Sul com uma central de crédito, 9 cooperativas filiadas, 39 postos de atendimento e 30 mil sócios. O Crehnor está presente em 241 municípios. Para falar com os ouvintes da Radiocom foi Nilson Binda coordenador geral do posto de atendimento da Crehnor de Pelotas.
Boa tarde seu Nilson.

Contou um pouco de como surgiu a Crehnor do estado e de Pelotas. E como é feio o trabalho de fortalecimento da educação cooperativista, também falou sobre os projetos do PRONAF.
A entrevista teve um sabor especial, pois falamos sobre os projetos de habitações rurais e urbanos, sobre as regiões que vão ser beneficiadas. E não apenas a questão as casas novas, mas também da reformas das casas.
Foi esclarecio coo e feito os cadastros para a escolha dos beneficiários (aquerles que vam ganhar as casas).
E outyros questionamentos que surgiu, com a ligações de nossos ouvintes.
Para maiores esclarecimentos os contatos da Crehnor são:
O telefone da Crehnor é 3227-3291
O posto fica na rua Deodoro 515, centro

Dica de Livro

Livro: “Desafios Da Economia Solidária”
Coleção: LE MONDE DIPLOMATIQUE BRASIL, V. 4
Autor: LE MONDE
Editora: INST. PAULO FREIRE


Uma pequena sinopse: No momento em que a economia capitalista mergulha numa das maiores crises de sua história e revela o fracasso dos modelos baseados na competição e na ditadura dos mercados, a economia solidária desponta como alternativa. Mas, para ocupar o espaço, ela precisa ter consciência de seus limites - e disposição para rompê-los. É a esta distância entre potência e realidade que estão voltados os sete artigos deste livro.

Le Monde Diplomatique Brasil é uma iniciativa conjunta do Instituto Pólis e do Instituto Paulo Freire. Cabe ao Instituto Pólis a responsabilidade pela edição impressa e ao Instituto Paulo Freire a responsabilidade pela edição eletrônica, além da série temática de livros de bolso do Le Monde Diplomatique Brasil editados pela Editora Paulo Freire. O livro que demos como dica no programa de hoje é um dessa série de livros de bolso. Além desse também temos o livro “Reflexões sobre o consumo responsável”, “Alternativas ao
aquecimento global” e “Caminhos para uma comunicação democrática” entre outros. Vale a pena conferir.

Dica de Livro

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Apresentação da INTECOOP / UCPEL

Nas entidades de assessoria e fomento, que normalmente se organizam na forma de associações sem fins lucrativos, as ONG ou universidades, por incubadoras tecnológicas e grupos de extensão, e estas prestam serviços de apoio e fomento aos empreendimentos solidários, seja na forma de ações de formação, seja ela tanto técnica quanto econômica e política, ou na forma de apoio direto, seja esse apoio em estrutura, assessoria, consultoria, elaboração de projetos e/ou fornecimento de credito para a incubação e promoção de empreendimentos, como é o caso da INTECOOP.

A Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (INTECOOP) também conhecida como Núcleo de Economia Solidária e Incubação de Cooperativas (NESIC) ligados a Universidade Católica de Pelotas (UCPel). Surgiu em 1999, com os professores Reinaldo Tillmann e Marcos Camer coordenador na época. Atualmente a INTECOOP é um projeto de pesquisa e extensão, com a coordenadoria do professor Antônio Cruz e conta com a colaboração de professores e alunos para conseguir dar conta da demanda exigida. E hoje está aqui nos estúdios da Radiocom Lia Victória técnica da INTECOOP.

Dados sobre economia solidária:

Estes dados foram extraídos do SIES, que é o Sistema Nacional de Informações sobre Economia Solidária, para termos uma idéia sobre a abrangência da economia solidária no país e no Rio Grande do Sul.
- No Brasil foram mapeados quase 22 mil empreendimentos de economia solidária;
- Somente no Rio Grande do Sul há dois mil e oitenta e cinco (2085) empreendimentos, ou seja, 9,5% do total do país, colocando o Estado em primeiro lugar no ranking;
- A nível nacional mais de 52% se organizam sob a forma de associações, 36% em grupos informais e 10% em cooperativas;
- As atividades mais exercidas estão relacionadas à agricultura e a fabricação de artefatos;
- Em relação à comercialização no RS 73% dos empreendimentos conseguem vender seu produto direto ao consumidor.

A temática da semana

A temática do programa dessa semana é a respeito das incubadoras, como a INTECOOP (Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares).
Falaremos a respeito da economia solidária com alguns dados e no segundo bloco teremos uma entrevista com Lia Victória, técnica da incubadora da UCPel, a INTECOOP.
Então o que seria a economia solidária? Seria então um conjunto de atividades econômicas organizadas e realizadas solidariamente por trabalhadores sob a forma de autogestão, sendo seus princípios então a cooperação, a autogestão, a auto-sustentação, a solidariedade, a democracia, o desenvolvimento humano, a responsabilidade social e a participação de todos.
As atividades desenvolvidas dentro da economia solidária são predominantemente a produção de bens, a prestação de serviços e as finanças solidárias.
Fazem parte da economia solidária não só os empreendimentos econômicos solidários como também as entidades de apoio a estes empreendimentos, como incubadoras, órgãos de assistência social, associações, redes de credito, entre outras.
A economia solidária possui desta forma uma finalidade multifuncional, pois envolve a dimensão social, econômica, política, ecológica e cultural. Isto porque alem da visão econômica de geração de trabalho e renda, as experiências de economia solidária se projeta no espaço político, no qual estão inseridas, tendo como perspectiva a construção de um ambiente socialmente justo e sustentável.

Dica de Livro

Livro: “Produzir Para Viver: Os Caminhos da Produção Não Capitalista.”
Autor: Boaventura de Sousa Santos
Editora: Civilização Brasileira
Rio de Janeiro, 2002.

A coletânea de estudos aborda as formas de organização dos grupos sociais subalternos que lutam contra a exclusão social. São apresentadas experiências de economia solidária, alternativas a produção capitalista com a criação de cooperativas, autogestão, gestão coletiva e associações de desenvolvimento local, no Brasil, Colômbia, Portugal, África do Sul, Moçambique e Índia.
Dentro dessa coletânea encontramos um trabalho do Paul Singer, chamado “A recente ressurreição da economia solidária no Brasil, no qual nos relata como está a economia solidaria no Brasil hoje, falando sobre a auto-gestão a partir da falência de empresas e a ANTEAG (Associação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Autogestão e Participação Acionária), nos relata também acerca da autogestão a partir da reforma agrária e o MST e a autogestão como arma na luta contra a pobreza onde fala da Cáritas, da ação da cidadania e das incubadoras de cooperativas e também como os sindicatos assumem a economia solidária.
Uma dica bem legal pra quem quer ficar por dentro da economia solidária.
O livro é “Produzir Para Viver: Os Caminhos da Produção Não Capitalista” do autor Boaventura de Sousa Santos, da editora Civilização Brasileira.

Poesia

E a poesia é do livro "Poesia, Resistência e Utopia".de Dirceu Pelegrino Vieira - Expressão popular - São Paulo 2007

Nasceu em Jacareí - SP no de 1971. Logo em seguida seus pais migraram para o interior de Sta Catarina, no municipio de Arquari,litoral norte. Filho de pequenos agricultores sem terra, aprendeu des de criança, trabalhar na terra. Ainda na década de 70, crescia vendo seu pai militar na igreja, na Comissão Pastoral da terra - CPT e nas comunidades eclesiais de base - CEB's. No inicio da década de80, seus pais ajudaram construir o partido dos trabalhadores - PT. Dirceu presenciou em 1982, o pai ser candidato a Deputado Fedeal e a Mãe candidata vice - prefeita de Araquari.
Seu pai, o popular parafuso, é um dos fundadores do MST e é a grande referência para toda a familia. A primeira atividade politica foi a militancia na pastoral da juventude. Em 1986 participou de um concurso de poesia no colégio com o poema "Se eu fosse magico", que foi um dos premiados. No final da década de 90 assumiu a direção do PT em araquari e em maio de 1991 foi trabalhar como professor em um acampamento do MST no municipio de guaruva, foi o incio da militância no MST. Em setembro de 1992 começou a faser parte do setor de comunicação do MST, onde atua até hoje.
No ano de 1993, ingressou no curso de comunicação social na universidade São Francisco em SP. Em 1995 foi assentado no assentamento Conquista no Litoral em Garuva.
Foi na luta do MST que conheceu, em 2000, num curso de formação em Querência do Norte - PR, Andréia Borges Ferreira com quem se casou no ano seguinte. Dirceu é apaixonado pela familia, pela companheira, pela luta do MST e pela vida!
Vê a vida como uma poesia. Adora os amigos, a militância do Movimento, o assentamento conquista no litoral e a comunicação como uma arma da emancipaçõ da classe trabalhadora.



O poema chama -se A Resposta está no Ser

Um suspiro paira no ar
Dúvidas,incertezas,inquietações
De repente paramos para escutar
Num suspiro aparecem as reações
O que faser?Não dá pra ignorar!
São batidas de muitos corações.

Seguir em frente por seguir não adianta
Aceitar tudo calado é covardia
Quando a ansiedade de ser livre é tanta
o desejo se transforma em agonia
Aos hipocritas a mentira encanta
Para os sinceros entoar a melodia.

Aprendendo que aprender é ser eterno
Respeitando os valores diferentes
O verão existe porque há inverno
Nem outono e primavera são permanentes
O poder não está no fato de usar terno
Está na capacidade de ser gente.

Trair a traição do egoismo
aprendendo que é possivel escutar
A arrogância é o tempero do cinismo
Impedindo a liberdade germinar
Esse mal será jogado num abismo
Pelos frutos de uma prática exemplar.

Desvendando o mistério da verdade
Depois da guerra sempre vem a Paz
É mais bonito ouvir a voz da lealdade
Brilhar nos olhos do ser humano capaz
De construir sua própria felicidade
Fazendo o que é para ser o que faz.

O suspense encontrará a saida
Resolvido num sentimento profundo
A incerteza faz a sua despdida
E o coração seguindo o ritmo do segundo
Anuncia o pulsar de uma nova vida
Com o ser humano no centro do mundo.

Primeira Incubadora ligada a Universidade do Brasil

Pioneira no país a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) é um programa de extensão universitária do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Há 12 anos, a ITCP foi concebida como um centro de tecnologia que tornaria disponíveis os conhecimentos e os recursos acumulados na universidade pública para gerar, por meio do suporte à formação e desenvolvimento (incubação) de empreendimentos solidários autogestionários, alternativas de trabalho, renda e cidadania para indivíduos e grupos em situação de vulnerabilidade social e econômica.
Entendendo o cooperativismo popular, seus princípios e valores, como um importante vetor de transformações sociais, a ITCP busca trabalhar com grupos e não indivíduos isoladamente, também busca fomentar a cooperação não somente dentro do grupo, mas entre este e seu entorno social; desenvolver uma forma de gestão e de retribuição do trabalho mais igualitária e democrática do que a dominante na sociedade; e ter a educação e multiplicação do conhecimento como um de seus pilares.
As ações da ITCP têm como beneficiários diretos os seguintes grupos sociais: trabalhadores desempregados ou subempregados; pessoas que estão saindo do mercado formal de trabalho e ingressando no mercado informal; usuários do sistema de saúde mental e grupos de catadores de lixo.


Fonte: www.itcp.coppe.ufrj.br

Empreendimentos melhoram a vida dos agricultores do sertão piauiense

Empreendimentos econômicos e solidários, voltados à apicultura e à produção de caju, estão melhorando a vida dos agricultores do sertão piauiense

Filho de um agricultor de Ipiranga do Piauí, um dos muitos municípios castigados pela seca no estado, José Francisco da Silva, 30 anos, já estava acostumado com sua sina. Ano sim, ano não, ele arrumava a mala e partia em busca de trabalho nos canaviais de Minas Gerais ou São Paulo. “Não era fácil, não. Além do trabalho duro, tinha a saudade da família”, diz ele, que é casado e pai dos pequenos Tailan, 5 anos, Tainá, 7, e Tatiane, 12. O ano em que ficava junto à família, vivia do seguro-desemprego, porque trabalho em Ipiranga é coisa rara. Em julho de 2007, no entanto, sua sorte virou.

A cidade, distante 280 quilômetros de Teresina, ganhou uma pequena fábrica para beneficiamento de castanha do caju e José Francisco foi um dos 36 moradores que conseguiram ocupação por lá. “Ganho por volta de R$ 450 por mês. É menos do que recebia na cana, mas vale mais a pena”, conta. “Agora, já dá para fazer planos para o futuro. Quero dar conforto aos meus filhos e ficar perto deles.” Sua mulher, Maria da Cruz, 30 anos, que só tinha trabalhado como empregada doméstica, ainda antes de se casar, foi contratada pela unidade, gerenciada por uma cooperativa dos trabalhadores rurais de Ipiranga. Com seus ganhos, vai engordar a renda da família em mais R$ 250.

Fonte: www.portalaz.com.br

Todo sábado tem Feira de Economia Solidária em Recife

Relato de Vaní Mariss

Comercialização de produtos e atividades formativas marcam o evento

Todo sábado, entre 09:00 e 19:00 horas, acontece a Feira Solidária de Artesanato, na rua do Bom Jesus - Recife Antigo. Evento realizado pelo Sindicato dos Artesãos RM/PE - SINDAREMem parceria com a PCR através da Secretaria de C.T. e Desenv. Econômico, Diretoria de Economia Solidária / Prodarte.

Na feira o visitante irá encontrar o mais variado artesanato pernambucano sendo comercializado pelo próprio artesão com preços justos e solidários (lá não existe a figura do atravessador), encontrará também as mais variadas comidas típicas (tapioca, pamonha, canjica, chocolates artesanais, etc), como também oficinas / cursos gratuitos de artesanato (todo sábado uma oficina/curso diferente), além de atrações culturais da nossa terra (ciranda, coco de roda, maracatú, etc).

No próximo sábado, dia 25.07, teremos apresentação ao vivo da cirandeira Dona Del e os Retalhos, às 10:30 horas da manhã e a tarde às 16:30 horas.

Maiores informações (81) 9997-2439 3424-9727 e-mail sindarem@gmail.com

Governo sanciona lei que prevê substituição de sacolas plásticas no RJ

A partir de agora, todos os estabelecimentos comerciais do Estado do Rio de Janeiro terão, até três anos, para se livrar totalmente das sacolas plásticas descartáveis e passar a trabalhar com bolsas feitas de material reutilizável. Esta é a determinação da Lei 5.502/09, de autoria do governo do estado, aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e sancionada pelo governador em exercício, Luiz Fernando Pezão.

A nova lei já foi publicada no Diário Oficial. "O objetivo é acabar com o uso de produtos elaborados a partir de resina sintética oriunda do petróleo, como é o caso, por exemplo, do polietileno de baixa densidade, utilizado na fabricação das sacolas plásticas, que, além de não serem biodegradáveis, obstruem a passagem da água, acumulando detritos e impedindo a decomposição de outros materiais", explicou o presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB). Segundo a Alerj, os responsáveis pela coleta e substituição das sacolas ou sacos plásticos serão os próprios estabelecimentos comerciais.

Lançado o Plano Safra da Agricultura Familiar

Plano consolida um novo mercado para os produtos da agricultura familiar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel lançaram nesta quarta-feira (22) o Plano Safra da Agricultura Familiar 2009/2010, em solenidade no Museu da República, em Brasília (DF).

O Plano Safra da Agricultura Familiar amplia políticas públicas do governo federal que beneficiam 4,1 milhões de unidades produtivas familiares em todo o Brasil. Os produtores familiares respondem por 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros e por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do País.

O Plano destina R$ 15 bilhões ao segmento, o que representa um aumento de 531% em relação aos R$ 2,38 bilhões aplicados na safra 2002/2003. Os recursos atendem às linhas de custeio, investimento e comercialização do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

O plano consolida um novo mercado para os produtos da agricultura familiar: o da alimentação escolar da educação básica de toda a rede pública de ensino. Com a promulgação da Lei 11.947, no mínimo 30% dos recursos financeiros repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) deverão ser destinados à compra de produtos de agricultores familiares e empreendedores familiares rurais. Terão prioridade assentamentos da reforma agrária e comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas. O agricultor familiar que possui DAP física poderá comercializar até R$ 9 mil por ano. O acesso ao programa pode ser por meio de grupo formal (cooperativas e associações) ou informal.

Secretaria de Economia Solidária é criada em Maceió

A Câmara Municipal de Maceió aprovou, na sessão desta quinta-feira (23), os dois Projetos de Lei, de autoria do Poder Executivo, que criam a Secretaria Municipal de Direitos Humanos, Segurança Comunitária e Cidadania - SEMDISC e a Secretaria Municipal de Economia Solidária e Qualificação Profissional – SEMEQ. As Mensagens foram votadas em 1ª discussão e, após o término da sessão ordinária, uma extraordinária foi convocada para que houvesse a 2ª discussão. As duas proposições foram aprovadas por unanimidade, entre os 15 vereadores presentes.

A Secretaria Municipal de Economia Solidária e Qualificação Profissional – SEMEQ, será destinada a desenvolver, formular, coordenar e executar políticas e ações governamentais para qualificação profissional e a inclusão social.

Elaborar e desenvolver projetos de apoio às iniciativas voltadas ao trabalho alternativo, visando o aprimoramento das atividades e o processo de formalização dos empreendimentos; implementar um sistema de banco de dados e de informações relativo à área do trabalho, desemprego, níveis de renda, qualificação profissional e economia solidária, visando subsidiar as ações voltadas às políticas da referida Secretaria e desenvolver ações de educação profissional, incluindo cursos, treinamentos, seminários, assessorias, atingindo ampla variedade de áreas ocupacionais’, também serão atribuições da nova Secretaria.

A sua participação faz a diferença!

A Economia Solidária, é muito mais do que se vende e do que se vê. É um fio condutor que tem na sua base a Organização, a Mística, a Consciência e a Solidariedade. É a experiência da Solidariedade Globalizada e do BEM COMUM, que hoje perpassa o Fórum Brasileiro de Economia Solidária, os Fóruns Regionais e as Redes de Economia Solidária da América Latina e de outros Continentes. São experiências Proféticas, Autogestionárias e Transformadoras, na construção de um Modelo de Desenvolvimento Solidário Sustentável, contrapondo ao modelo capitalista e excludente.
Todos acompanharam os fatos de Santa Maria-RS, de 01 a 15 de julho de 2009, quando arbitrariamente foram cancelados os Eventos da Economia Solidária e do Cooperativismo, uma história de 16 anos. A nossa maior indignação foi que o Promotor de Defesa Comunitária, Dr. João Marcos Adede Y Castro, a Juíza de Direito de Plantão, Eloísa Helena Hernandez de Hernandez, com um grupo de pessoas dos Setores de Saúde de Santa Maria, fizeram isso de portas fechadas, sem nenhum direito de defesa ou explicação das 60 Comissões organizadoras, do Evento de 2009, que tem na sua base as Organizações, Entidades e Empreendimentos de Economia Solidária, as Redes de Economia Solidária do Brasil, da América Latina e dos outros Continentes.
Com uma decisão responsável, no dia 02 de julho de 2009 decidimos cancelar os Eventos Internacionais e manter apenas os Eventos Nacionais, pelo avanço da Gripe Influenza A (H1 N1).
No dia 22 de julho de 2009, na SENAES/MTE houve uma importante reunião em Brasília – DF, com os parceiros Nacionais: FBES(Fórum Brasileiro Economia Solidária), IMS (Instituto Marista Solidariedade), SENAES (Secretaria Nacional de Economia Solidária do MTE), Cáritas Brasileira, CECAP/Consultoria e o Projeto Esperança/ Cooesperança da Diocese de Santa Maria. Após longa reflexão, avaliação e os encaminhamentos finais, foi decidido para a abertura de uma conta Bancária, para uma CAMPANHA SOLIDÁRIA, a fim de arrecadar de recursos para o pagamento das dívidas dos Eventos cancelados, por Ordem Judicial em julho de 2009.
Convidamos à todas as Entidades parceiras, apoiadores, Empreendimentos Solidários e pessoas comprometidas que queiram contribuir com este grande Mutirão, afim de que possamos pagar as contas e tocar a luta em frente, para o fortalecimento da Economia Solidária do Brasil e do mundo.
Conta para contribuição na Campanha Solidária:
COOESPERANÇA
Banco do Brasil C/C 30.565 – 0 Agência nº 0126-0
Centro Santa Maria - RS – Brasil