O estímulo à organização de pessoas em sistema de cooperativa é uma das estratégias do governo do Estado para contrapor impactos da crise financeira mundial na economia gaúcha. A medida, conduzida pela Secretaria de Relações Institucionais, mobiliza cidadãos e lideranças na formação de pequenas células cooperativas, apoiadas pelas prefeituras, e organiza programas de ação solidária.
"O cooperativismo, ao envolver um número cada vez maior de trabalhadores, reduz a informalidade e colabora, inclusive, para ampliar a base de contribuição à Previdência Social", destaca o gerente de Cooperativismo e Associativismo da Secretaria de Relações Institucionais, engenheiro agrônomo Lino Hamann. A pasta, juntamente com diferentes órgãos públicos, promove encontros em dezenas de municípios para abordar a importância do setor para o Rio Grande do Sul.
Em Arroio do Tigre, por exemplo, a Secretaria de Relações Institucionais presta assessoramento para estruturar cooperativa formada exclusivamente por mulheres oriundas das comunidades Rutzen e São Francisco, áreas com alto índice de vulnerabilidade social. "Essas vilas são paupérrimas, em aparente ambiente promíscuo, com baixo nível de saneamento básico e habitações precárias", avalia Lino Hamann.
O governo do Estado, mediante convênio, repassará R$ 20 mil para montagem de oficina de corte e costura, envolvendo de 20 a 60 associadas. A iniciativa - que integra o Programa Estruturante Nossas Cidades, com participação do RS Mulher e da prefeitura local - permitirá a compra de equipamentos a serem instalados em área (terreno e prédio) da Comunidade Evangélica do município.
O desafio vai além de oferecer suporte técnico e financeiro a empreendimentos transversos aos tradicionais segmentos produtivos. "Implica estimular os poderes públicos a lançarem um novo olhar na direção do cooperativismo", destaca Hamann. Projetos semelhantes foram apresentados aos prefeitos da Região Centro-Serra, em Ibarama: criação de uma agência de desenvolvimento e de unidades de tratamento de lixo (a partir de microcooperativas locais), com uma central de processamento.
Lino Hamann acredita ser possível gerar até dez mil postos para ocupação de mão-de-obra em todo o Estado se cada município tiver uma cooperativa de trabalho, para, por exemplo, realizar a coleta seletiva de material reciclável, considerando que cada unidade do gênero tenha um mínimo de 20 participantes.
Fonte: Gov. RS
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