Uma associação fabricante de confecções que nasceu em uma cooperativa na cidade de Coruripe trouxe geração de renda e empregos para a comunidade
Essa associação fabricante de confecções que nasceu em uma cooperativa em Alagoas. As mulheres se revezam nas atividades do dia-a-dia, fortalecendo o processo coletivo de produção.
No município de Coruripe, no litoral sul, predomina o cultivo do coco e da cana-de-açúcar. A lição de economia solidária começou no campo, com trabalho em cooperativa da Pindorama, grupo que existe há mais de 50 anos. Elas se revezam em todas as etapas da produção. A costureira Maria Cícera dos Santos diz que nunca se imaginou nem pregando um botão. “Hoje me considero uma costureira, aprendi a pregar botão aqui”, diz. “A gente faz todos os uniformes para o campo e para a usina”.
No começo, eram 14 costureiras, mas atualmente há apenas a metade da mão de obra. Mesmo com a redução, o trabalho delas gera renda para outras mulheres da comunidade. Duarente a moagem da cana, a produção de duas mil peças de uniformes triplica e a associação contrata outras costureiras.
Maria das Graças de Lima conta que deixou de ser temporária para ser associada. “Eu costurava em casa, mas às vezes dava problema, eu não recebia o dinheiro”, disse. “Por isso resolvi vir para cá”.
Na fábrica de produção de suco, as funcionárias também usam uniformes confeccionado pela cooperativa, o que gerou uma economia de 50%. “Antes os uniformes vinham de fora, do sul do país”, afirma o presidente da Cooperativa Pindorama, Klécio dos Santos.
“Mas vimos que existiam na comunidade costureiras que poderiam fazer esse mesmo produto e esse nosso dinheiro poderia ficar dentro da comunidade, trazendo um benefício importante para a região. A comunidade ganha mais, gasta mais, e torna-se uma economia solidária na comunidade toda”.
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