De acordo com documento divulgado por diversas organizações e entidades sociais, tal arroz, desenvolvido pela empresa Bayer, ainda não foi aprovado por nenhum país. "O arroz não é plantado nem consumido em nenhum país. A população do Brasil poderá virar cobaia mundial de um produto que não foi aprovado em nenhum outro lugar", destaca Gabriel Fernandes, integrante da Assessoria e Serviços a Projetos
Segundo Fernandes, quarta-feira (23), a CTNBio iniciou uma reunião sobre o assunto e, provavelmente, já na quinta-feira será levado à votação
Por conta disso, Fernandes comenta que, durante essa semana, as organizações irão acompanhar as reuniões da Comissão e pressionar o Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS), instância acima da CTNBio, a emitir um posicionamento sobre o assunto. "O Conselho tem mais poder do que a CTNBio, mas está de costas para essa questão. Cobramos uma postura mais firme do Governo e do Conselho", demanda.
Conforme o documento assinado pelas entidades sociais, até mesmo produtores e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Arroz e Feijão já expressaram opinião contrária à liberação. Em audiência pública realizada no ano passado, Flávio Breseghello, integrante da Embrapa Arroz e Feijão, revelou que a empresa não é a favor do arroz LL 62.
De acordo com ele, o arroz LL 62 trará consequências para as pessoas porque, resistente ao agrotóxico, o cereal não morrerá, mas absorverá o veneno. "Vamos consumir um alimento com nível de resíduo que não sabemos quanto é", afirma, destacando que o glufosinato de amônio é tóxico para mamíferos. "O arroz transgênico não vai trazer benefício para o ambiente, para o produtor, nem para o consumidor", resume.
Além de AS-PTA, outras 33 entidades e organizações sociais assinam o documento, o qual está disponível em: http://www.aspta.org.br/por-um-brasil-livre-de-transgenicos/documentos/arroz-transgenico-2013-entenda-o-que-esta-em-jogo
Fonte: Adital
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