Muito dessa conquista se deve à Bolívia. Desde a “Guerra pela água de Cochabamba”, quando uma multidão ocupou as ruas da cidade e retomou o serviço público de água das mãos de uma transnacional, criou-se na Bolívia um bloco de forças que seria decisivo para a chegada de Evo Morales ao poder. Evo criou o Ministério das Águas e nomeou Pablo Solón como ministro,agora embaixador junto à ONU. Foi ele quem apresentou a proposta de resolução na ONU, ratificada por vários países, finalmente aprovada com muitas abstenções.
Mas a luta não foi só Boliviana. Aqui no Brasil temos insistido nessa questão desde a Campanha da Fraternidade da Água de 2004. Desde então, várias Igrejas, ONGS, Movimentos Sociais, tem feito essa luta no Brasil e articuladamente pelo mundo afora.
Porém, reconhecer o direito é apenas um passo. Torná-lo efetivo para um bilhão de pessoas que não tem acesso à água potável ao redor do mundo, ou aos 2,6 bilhões que não tem acesso ao saneamento, é um desafio monumental e sombrio. A crise da água se alastra pelo seu sobre uso no mundo inteiro, particularmente na agricultura irrigada, além da poluição e depredação de mananciais de superfície e subterrâneos.
Fonte: FBES
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