quarta-feira, 5 de maio de 2010

Rede de Saúde Mental de São Paulo vai participar da Conferência Nacional de ES

Reforçando a luta pela inclusão social dos portadores e portadoras de doenças mentais, a Rede de Saúde Mental e Economia Solidária de São Paulo vai participar da II Conferência Nacional de Economia Solidária (II Conaes), que acontecerá em Brasília nos dias 16, 17 e 18 de junho. A proposta da Rede é de que o Governo apoie iniciativas que gerem trabalho e renda para estes pacientes.

Desde 2008, quando começou a ser constituída para combater o modelo manicomial que é centrado na exclusão social do paciente, a Rede vem se mostrando como um espaço de troca de experiências e conhecimentos para desenvolver atividades de formação e tecnologias sociais.

Damião Costa, Conselheiro Gestor do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) da Lapa de São Paulo, foi um dos cinco delegados da Rede, eleitos durante a II Conferência Estadual de Economia Solidária de São Paulo - "Pelo Direito de Produzir e Viver em cooperação de maneira sustentável", que foi realizada em Campinas, entre os dias 23 e 25 de abril.

Ele enfatizou que, na ocasião da Conferência de São Paulo, o principal tema apresentado pela Rede foi a questão da saúde, mesmo assunto que deverá ser levado para a II Conaes. A proposta é de pressionar o poder público para a criação de uma política pública de financiamento para as iniciativas de geração de trabalho e renda que beneficiem os portadores de doenças mentais.

O objetivo é o de promover a inclusão social, através da geração de trabalho e renda, para usuários da Rede de Saúde Mental do estado de São Paulo, já que a produção por meio de um trabalho ou emprego resgata a cidadania e aumenta o poder de trocas sociais, transformando o usuário de saúde mental em um cidadão atuante.

"O doente mental ainda é considerado inválido pela sociedade. Ele não é considerado como um sujeito trabalhador inserido na sociedade" lamentou Damião. Mas é para mudar essa realidade que a Rede busca apoio de entidades e do poder público, na execução de projetos que coloquem o chamado "doente mental" como protagonista de suas ações.

Fonte: www.adital.com.br

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